Serra diz que é dura ?parada? de Alckmin

Foto: Anderson Tozato/O Estado

Serra diz que quem disputa reeleição leva vantagem.

O candidato a governador de São Paulo José Serra (PSDB), da Coligação Compromisso com São Paulo (PSDB-PFL), afirmou ontem que ?é uma parada dura? disputar uma eleição com um concorrente que tenta a reeleição. A afirmação foi uma resposta a indagação sobre a dificuldade que o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), enfrenta para subir nas pesquisas eleitorais.

?Não é fácil ganhar a eleição com alguém que vai para a reeleição, pois a principal dificuldade é que, na reeleição, o titular do cargo sempre tem muita força?, afirmou. Apesar da avaliação, Serra voltou a falar com otimismo sobre a campanha de Alckmin.

?Ele (Alckmin) está trabalhando direito, e eu tenho confiança de que, nessas últimas semanas (de campanha), vai poder subir nas pesquisas para chegar ao segundo turno?, emendou. Na avaliação do candidato da Coligação Compromisso com São Paulo a governador, a estagnação do candidato da Coligação Por um Brasil Decente a presidente nas pesquisas não desanima o partido. ?Pelo contrário, aumenta o desafio e a disposição de luta porque, em política, não podemos nos amarrar em pesquisa.?

Serra fez caminhada ontem num shopping e estação de metrô na zona leste da capital paulista. O candidato da Coligação Compromisso com São Paulo afirmou que, apesar de estar em vantagem nos levantamentos, continua trabalhando muito porque acredita que sondagem não ganha eleição.

Serra rebateu a afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato da Coligação A Força do Povo (PT-PRB-PC do B) à reeleição, de que ?democracia não é coisa limpa?. Para o candidato da coligação tucana, ?a meta é fazer a democracia cada vez mais limpa, e não sujá-la com o argumento de que é sempre assim?.

Serra disse também que pretende implementar uma política de empregos no estado, caso seja eleito, por meio de obras nos setores da construção civil, habitação e em ações voltadas para a juventude. Ao falar de trabalho, o candidato criticou o governo federal, dizendo que este setor não vai bem no Brasil. ?A criação de empregos depende, sobretudo, da política econômica federal?, declarou.

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