Irregularidade

Senador faz denúncia de fraude contra governador do Amazonas

O senador Artur Virgílio (PSDB) divulgou nesta quarta-feira (24), em uma coletiva de imprensa, um DVD e um dossiê em que a mulher do empresário amazonense Rosinei Barros acusa o marido de ser sócio e testa-de-ferro do governador do Estado, Eduardo Braga (PMDB), em superfaturamento na compra de combustíveis para veículos oficiais e em outros esquemas. No dossiê, há cópias de extratos bancários, de contas telefônicas, de contratos de compra de imóveis, terrenos e carros de luxo, todos em nome do empresário. O senador afirmou que entregará ainda hoje os documentos ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, em Brasília.

Virgílio disse que soube das denúncias na quarta-feira da semana passada pelo advogado de Renata Barros, mulher de Rosinei, Antonio Dionysio Paixão. Desde então ele tentou convencê-la a entregar documentos que pudessem comprovar suas denúncias. “Ontem procurei Omar (Aziz, vice-governador e candidato à prefeitura de Manaus) para mostrar o DVD em que Renata faz as denúncias, com a intenção de que ele pudesse ajudar na segurança dessa moça”, afirmou. Braga é padrinho de casamento e da filha de Rosinei e Renata.

Braga e Omar falaram à imprensa que estaria “circulando” um DVD com as acusações de Renata e que a trama seria para desestabilizar a campanha do vice-governador à prefeitura, pela coligação “União por Manaus” (PSL-PR-PRP-PMDB-PTdoB-PRB-PMN-PSC). Procurado pela reportagem, o governador afirmou por meio da assessoria que as denúncias estariam sendo investigadas pela Polícia Civil.

Ameaça

O advogado de Renata, segundo Virgílio, teria procurado o senador com um vídeo onde ela se diz ameaçada de morte pelo marido e afirmando ser ele sócio de Braga na compra de imóveis, lanchas, carros e outros bens no Brasil e no exterior. No DVD, Renata afirma que Braga teria com seu marido, empresário do ramo de combustíveis, um esquema para a venda de gasolina para os veículos do Estado, com notas fiscais superfaturadas. Renata foi procurada por meio de seu advogado, mas ele informou que ela não daria entrevistas já que o senador estaria falando em seu nome.