Rossoni ataca opção feita por Osmar Dias

Os tucanos ainda não digeriram a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado em aliança com o PT e PMDB. O presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, disse ontem, que o senador preferiu a companhia dos seus algozes ao fazer a opção. “Ele esqueceu todo o nosso passado de luta juntos. Ele está se sentindo confortável entre seus algozes. Cada um fica onde se sente melhor”, afirmou o dirigente tucano, que ainda não havia se manifestado sobre a decisão de Osmar. Rossoni está se preparando para fazer, na tribuna da Assembleia Legislativa, um relato dos bastidores da frustrada negociação com o pedetista, que classificou como “inacreditável”. O tucano afirmou que está rememorando todos os momentos da tentativa de entendimento com o pedetista para que nenhum lance se perca.

Rossoni afirmou que a entrada de Osmar na disputa não exigiu mudança de estratégia da campanha de Beto Richa (PSDB) ao governo, embora admita que, no partido, todos estavam certos de que o pedetista iria concorrer ao Senado em aliança com o tucano. “Nós acreditávamos porque ele (Osmar) por várias vezes disse que o acordo estava fechado. Por razões que não temos conhecimento, que nem foram a nós comunicadas, ele mudou de opinião”, disse.

Apesar da expectativa da presença do pedetista na chapa, o “Plano A” da campanha do PSDB e aliados já estava traçado e o senador Osmar Dias não estava nele, afirmou Rossoni. Somente há cerca de 45 dias é que o acordo com o senador foi reconsiderado porque seu principal emissário, o presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi, procurou a direção do PSDB para comunicar que Osmar queria ser candidato ao Senado na chapa de Beto, afirmou. Osmar teria confirmado ao candidato a presidente da República pelo PSDB, José Serra, que seria candidato ao Senado e o apoiaria no Paraná nas três vezes que conversaram, afirmou Rossoni.

“Prova disso é que a entrevista coletiva para anunciar o acordo foi marcada”, disse Rossoni, relembrando quando foi criticado pelo pedetista por ter anunciado que a aliança estava selada e que Osmar daria entrevista coletiva para sacramentar a aliança. “Ele foi deselegante comigo porque sabe que falei a verdade”, comentou. Rossoni disse que as divergências pré-eleitorais não devem se refletir na linha de campanha tucana. “Todos que conhecem o Beto sabe que ele não é agressivo”, afirmou. “Agora, tem que trabalhar que o bicho pegou”, emendou.