Romanelli bate de frente com Iatauro

O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), e o chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, destoaram nas explicações sobre o volume de gastos do governo estadual com os cartões corporativos. Ontem, Romanelli disse que Iatauro respondeu às acusações da bancada de oposição pela metade e interferiu num debate que era da alçada da liderança do governo.

As observações de Romanelli foram feitas sobre as declarações de Iatauro que, no revide aos ataques da oposição, afirmou que o aumento no número de servidores concursados provocou a ampliação das despesas com diárias pagas através do cartão corporativo. Para Romanelli, a evolução das despesas está dentro de um patamar natural e não tem relação com as novas vagas abertas para servidores. ?O Rossoni (líder da bancada de oposição) criou um factóide e o chefe da Casa Civil deu uma resposta inapropriada. O debate era no Legislativo. Tem circunstâncias diárias que só quem está aqui pode avaliar como o tema deve ser tratado. A informação não pode ser dada por partes?, disse.

Foto: Arquivo

Iatauro: quis ajudar.

Romanelli disse que as novas contratações obedeceram a mandamentos constitucionais. ?Não há gastos abusivos. Nós encontramos o Estado cheio de esqueletos. A estrutura estava precarizada e o governo fez concurso público. Quem está no governo sabe o que está acontecendo. Isso não tem nada a ver com os gastos de viagem?, disse.

Iatauro disse que quis ajudar na defesa do governo. ?Que gente complicada?, desabafou, referindo-se a Romanelli. E reafirmou. ?O Estado atendeu ao Tribunal de Contas, que vivia mandando regularizar as funções terceirizadas. Depois da regulamentação, estes funcionários passaram a receber diárias. Houve aumento sim. Mas isso não é inchar a máquina como diz a oposição. Inchar a máquina é quando se lota o Estado de cargos em comissão. Nós realizamos concurso público?, disse.

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