Requião fica em 4.º entre governadores

Pelo segundo ano consecutivo, Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP) são os governadores mais bem avaliados do ranking feito pelo Datafolha a partir de sondagens em nove Estados e Distrito Federal.

A pesquisa foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo na edição de ontem. Jarbas teve pontuação de 7,2 e Alckmin, de 7,1. Em seguida, aparecem o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) com 6,8; Roberto Requião (PMDB), com 6,7; Paulo Souto (PFL-BA) também com 6,7; Germano Rigotto (PMDB-RS), com 6,6; Luiz Henrique (PMDB-SC) com 6,6; Lúcia Ancântara (PSDB-CE), com 6,6. Os ?lanterninhas? são Joaquim Roriz (PMDB), governador do Distrito Federal, com 6,1; e Rosinha Garotinho (PMDB), com 5,9.

As notas são a média das conferidas, de zero a dez, pelos entrevistados nos Estados.

A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 12 e no dia 15 de dezembro de 2003. Cerca de 2.000 pessoas foram ouvidas em São Paulo; cerca de mil em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco e Ceará; e 530 no DF.

O Datafolha perguntou, ainda, que avaliação os eleitores faziam das gestões. Segundo esse critério, Alckmin tem 65% e Jarbas Vasconcelos recebeu 64% de avaliações ótimo ou bom. O paranaense Roberto Requião teve 59 % de avaliações ótimo ou bom.

Logo após as eleições de 2002, o Datafolha pesquisou qual era a expectativa dos eleitores em relação aos governadores eleitos. Na comparação entre o número pós-eleição e a última pesquisa, Jarbas manteve-se estável (variou de 65% para 64%). Roriz teve sua última avaliação maior do que a expectativa de 2002 (51% contra 45%). Oito governadores tiveram avaliações piores do que as expectativas que os eleitores tinham sobre seus governos após as eleições. Rosinha tinha 63% de expectativa de ótimo ou bom. No mês passado, 42% aprovaram seu governo. Alckmin caiu de 74% para 65%. Aécio caiu de 76% para 60%; Germano Rigotto (PMDB-RS), de 67% para 55%; Roberto Requião (PMDB) passou de 75% para 59%; Luiz Henrique Silveira (PMDB-SC), de 72% para 53%; Paulo Souto (PFL-BA), de 69% para 52%; e Lúcio Alcântara (PSDB-CE), de 72% para 49%.

?Pesquisa foi razoável?

O governador Roberto Requião classificou a pesquisa Datafolha de avaliação dos governadores de 2003 como razoável. ?Principalmente levando-se em conta que estabelecemos um rígido controle de gastos com propaganda, determinando uma contenção quase absoluta nesses gastos, pouco divulgando nossas ações através de publicidade oficial?, comentou.

Já para o líder do Governo na Assembléia Legislativa, Ângelo Vanhoni, o desempenho de Requião na pesquisa foi extremamente positivo. Segundo ele, ?se somarmos os índices estabelecidos para ótimo e bom com os de regular, ultrapassamos a expectativa inicial da população em relação ao governo?. Para ele, ?a população continua depositando no governo uma expectativa muito positiva?.

O deputado frisou que o primeiro ano do governo de Requião foi marcado por medidas polêmicas, mas de interesse público, como a posição contrária aos transgênicos, o rompimento de contratos lesivos ao Estado e a luta contra o pedágio.

?Seja em geração de emprego – com mais de 300 mil empregos diretos e indiretos – e medidas de benefício social, como os programas Luz Fraterna, Leite das Crianças e a tarifa social da água, estamos absolutamente satisfeitos?, finalizou. ?Se compararmos essa última avaliação com os desempenhos obtidos pelo governador anterior, no mesmo Datafolha, comprovamos que a população do Paraná acertou quando elegeu o Requião?, ressaltou o líder do governo na Assembléia, Ângelo Vanhoni.

Nas pesquisas de anos anteriores, o ex-governador Jaime Lerner alcançou no máximo um sétimo lugar, com nota de 5,3, na pesquisa realizada em dezembro de 2000. De acordo com o Instituto, nos anos seguintes o desempenho de Lerner foi ainda pior. Na pesquisa de junho de 2001, o ex-governador caiu para a penúltima colocação, à frente apenas de Olívio Dutra, do Rio Grande do Sul.

Apenas seis meses depois, em dezembro do mesmo ano, o Datafolha apontava nova queda de Lerner.

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