PT terá candidato ao governo do Paraná em 2006

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Nedson: prefeitos do PT têm
que mostrar serviço para
garantir Lula em 2006.

O prefeito de Londrina, Nedson Micheleti (PT), não acredita que seu partido esteja dividido em função da eleição para presidente da Câmara dos Deputados. Ele também acha importante que os prefeitos do PT façam um bom trabalho para ajudar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E, mais: o PT vai lançar candidato à sucessão do governador Roberto Requião. E tem até nomes. Estes e outros assuntos, Micheleti abordou ontem em entrevista na redação de O Estado do Paraná.

A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados em que o Partido dos Trabalhadores aparece com duas candidaturas, uma oficial e outra avulsa, não racha e nem preocupa o PT. Apesar das evidências de desconforto e dos dissabores das lideranças petistas, o partido está unido porque tem um projeto a médio, prazo que é garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo ano. Esta, pelo menos, é a opinião de Nedson Michelet.i

Nedson enfatizou que, agora, o mais importante é que os 28 prefeitos eleitos pelo PT no Paraná façam uma boa administração. Segundo ele, este será um dos cartões de apresentação para o eleitorado. O episódio da sucessão na Câmara Federal é um caso episódico, segundo Nedson. Ele diz que o PT mostrou unidade ao lançar o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), o preferido do Palácio do Planalto e cerrar a bancada em torno de sua candidatura.

"Dos 90 deputados petistas, 88 estão com o Greenhalgh. Não há racha, apenas uma candidatura independente que não trará maiores problemas para o partido", disse. O prefeito de Londrina também está entusiasmado com o desempenho do governo Lula. "O Brasil encontrou a rota do desenvolvimento com um trabalho consistente e responsável", disse, incluindo uma crítica à política econômica adotada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Se ele tivesse feito o que estamos fazendo hoje, o País não ficaria na situação que o pegamos em 2003", disse.

No que se refere ao relacionamento do PT paranaense e de Londrina, especificamente, com governo do Estado e com governador Roberto Requião (PMDB), Nedson diz que é o melhor possível. Mas isto não quer dizer que o PT não deva lançar candidato próprio o ano que vem para o Palácio Iguaçu. "Eu não pretendo ser candidato. Não vou largar Londrina no meio do mandato." No entanto, ele diz que o partido tem bons nomes. Entre eles, citou dois: "Temos ótimos nomes como o Paulo Bernardo (deputado federal) e o Jorge Samek (diretor-geral de Itaipu Binacional)".

Segundo o prefeito, Londrina, no início de seu segundo mandato está bem mais em ordem do que há quatro anos. Quando recebeu a cidade em 2001, Micheleti tinha R$ 500 milhões em dívidas. "Hoje estamos iniciando um novo mandato com as contas equilibradas. Isso nos dá credibilidade e capacidade de investimento", explicou.

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