PT defende oposição qualificada a Beto Richa

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Vanhoni: "O que eu tinha
para falar, já disse".

O PT tem que ter quadros qualificados para exercer seu papel de oposição à futura administração de Beto Richa (PSDB).

Esta foi uma das conclusões do encontro do diretório municipal do PT, realizada ontem pela manhã, em Curitiba. O deputado estadual Angelo Vanhoni, candidato derrotado à eleição para a prefeitura, disse que faz parte do papel tradicional do PT cobrar da administração em curso o que ela prometeu durante a campanha.

Vanhoni não quis fazer declarações sobre a avaliação interna que apresentou na reunião sobre os motivos do fracasso eleitoral do partido na disputa majoritária. "Tudo o que eu tinha para falar publicamente sobre isso, já disse", esquivou-se.

Mas participantes da reunião relataram que o candidato fez uma análise crítica sobre a campanha eleitoral. Segundo esses relatos, Vanhoni afirmou que o PT fez a coisa certa ao ampliar suas alianças, mas as composições não tiveram o efeito esperado.

Conforme os militantes, Vanhoni justificou que a coligação não funcionou porque os partidos não cumpriram o seu papel na campanha. A exceção citada pelo candidato no encontro foi o PMDB, o único partido que teria feito empenho proporcional ao que se espera de um aliado, e algumas lideranças do PTB e PSC, que agregaram popularidade à candidatura. Os dois partidos foram alvo de críticas desde o início do processo de formação das alianças pelas alas mais à esquerda do partido.

Conforme militantes que ouviram a exposição, Vanhoni mencionou ainda que sua eleição foi prejudicada pela "federalização" da campanha. Uma missão que foi cumprida, segundo citou, pelos partidos nanicos, que passaram todos os 45 dias do primeiro turno atacando as políticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no horário eleitoral gratuito.

Pontos de vista

Algumas correntes internas apresentaram por escrito o balanço interno das eleições. Numa dessas avaliações, subscrita por um grupo que se opôs à coligação com petebistas, os acordos feitos com partidos sem afinidade com o PT são apontados como um dos responsáveis pela derrota. O grupo observou que, apesar da ampla aliança feita pelo partido este ano, a votação obtida pelo candidato a prefeito foi inferior àquela obtida em 2000. No segundo turno de 2000, o PT obteve 436,3 mil votos, o equivalente a 48,5% dos votos válidos. Desta vez, foram 408,2 mil votos (45,2%), comparou o grupo.

Todas as avaliações apresentadas ontem no encontro serão encaminhadas para a discussão do partido nos diretórios zonais. Em janeiro, haverá um novo encontro do PT de Curitiba para discutir os rumos da sigla.

Secretarias reúnem prefeitos eleitos

A Secretaria Especial para Assuntos da Região Metropolitana de Curitiba, a Secretaria da Agricultura e a Emater (Empresa de Extensão Rural) promovem nesta segunda-feira um encontro com os 26 prefeitos eleitos da Região Metropolitana de Curitiba. Na pauta, problemas comuns de interesse dos municípios, como integração do sistema viário, destinação de resíduos sólidos, Patrulha Escolar, ações de saúde e políticas de trabalho, funcionamento do programa Leite das Crianças e aplicação dos recursos do programa Paraná 12 Meses.

O encontro será aberto pelo vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, e também pelo secretário de Assuntos da Região Metropolitana, Edson Strapasson. Participam ainda as secretarias do Trabalho, Emprego e Promoção Social e da Saúde, além da Polícia Militar e da Mineropar. A reunião será no auditório da Emater, em Curitiba.

"O objetivo do evento é oferecer uma visão panorâmica do Estado e suas secretarias. Também serão apresentados os programas estaduais e explicado como cada município pode participar", informou o diretor-presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Alcidino Bittencourt Pereira. Segundo ele, os problemas da RMC também serão debatidos e os futuros prefeitos terão uma oportunidade de se conhecerem.

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