Promotora denuncia perseguição

Em depoimento ontem à Comissão de Segurança da Assembléia Legislativa, a promotora de Justiça Maria Aparecida Mello da Silva denunciou que está sendo vítima de perseguição por parte de ex-procuradores gerais de Justiça que teriam ocasionado seu afastamento das funções eleitorais da comarca de Antonina, em 29 de setembro de 2000. A promotora relatou aos deputados que foi transferida de Antonina quando estava denunciando a prefeita de Antonina, Munira Peluso, por irregularidades administrativas.

De acordo com a promotora, a prefeita usufrui de uma espécie de “proteção” que paralisa as investigações contra a sua administração. “Os prefeitos de Matinhos, Guaratuba, todos estão respondendo processo, menos a prefeita de Antonina”, disse a procuradora. Ela disse ainda que vem sendo alvo de processos administrativos por não pertencer ao que chamou de “grupo do Giacóia e do Olympio”. Gilberto Giacóia e OlMaria Aparecida também acusou o deputado estadual Marcos Isfer (PPS) de ter mediado a compra de votos na Câmara Municipal durante a eleição para a Mesa Executiva. De acordo com a procuradora, o deputado teria pago a um vereador para votar a favor da chapa apoiada pela prefeita. Isfer negou as acusações.

O Ministério Público estadual informou que a promotora de Justiça foi afastada das funções eleitorais após parecer do MP federal, feito por meio da Procuradoria Regional Eleitoral (então ocupada pelo procurador federal Luís Sérgio Langowski). O MP federal entendeu que a promotora não apresentava condições de imparcialidade necessárias para continuar a exercer a função eleitoral, uma vez que ela havia apresentado queixas-crime (por crime contra a honra) contra a prefeita, Munira Peluso, então candidata à reeleição,.

Atualmente, de acordo com o MP, a promotora está em licença para tratamento de saúde.

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