Preocupação do PT é garantir governabilidade

São Paulo – A prioridade do PT é manter condições favoráveis para a administração Lula e a partir do segundo semestre iniciar os trabalhos para as eleições municipais do próximo ano. “Queremos manter as atuais prefeituras e conquistar novas administrações”, disse ontem o presidente nacional do PT, José Genoíno, antes de participar das comemorações do Dia Mundial da Saúde, no Instituto Butantã, em São Paulo.

O partido, informou, está fazendo um levantamento das 100 prefeituras mais importantes do País para definir uma estratégia de conquista ou manutenção da administração. A intenção é evitar disputas em prévias nos diretórios municipais. Para isso, o PT dará prioridade a acertos entre potenciais candidatos, apesar de o presidente da legenda negar, de modo veemente, a existência de “candidatos naturais”. “Não existe candidatura natural dentro do PT. O estatuto veta essa prática”, justificou.

Genoíno reconhece ser “traumatizante” fazer prévias em alguns locais, como Campinas e municípios do Rio Grande do Sul. “Vamos dialogar. Não existe beco sem saída em política.” Ele negou que possa disputar algum cargo eletivo na próxima eleição. “Sou presidente do PT até 2005 e só defino meu futuro depois de 2005.”

Sobre uma eventual indicação de Marta Suplicy para disputar a reeleição na capital paulista, preferiu dizer que a prefeita é sua amiga e faria campanha para ela.

Para evitar falar de sua intenção de disputar o governo paulista em 2006, pela segunda vez consecutiva, o presidente do PT utilizou a “tese republicana da fila”. “Temos que ver quem está na fila para sabermos se entramos ou não. Eu estava, no ano passado, na fila para ser presidente da Câmara, mas fui para a fila de governador. Agora, mudei para a fila de ser o presidente do PT e, se presidir bem o partido, alcanço um bom lugar na fila para governador”, explicou. Ele indicou, polidamente, quem espera encontrar nessa fila: “Sou amicíssimo do Mercadante (senador Aloizio Mercadante), do Dirceu (ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu), do Palocci (ministro da Fazenda, Antônio Palocci), da Marta (prefeita de São Paulo, Marta Suplicy) e do Suplicy (senador Eduardo Suplicy).” (Jander Ramon)

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