PR é Osmar. PTB espera até abril

Enquanto os principais nomes para a disputa pelo governo do Estado e a coligação que farão não são confirmados, partidos que serão coadjuvantes na corrida ao Palácio Iguaçu aguardam a definição para também tomarem suas posições na composição das alianças. PV e PSOL estudam candidatura própria, PC do B e PTB só querem conversar depois de abril. Definido, apenas o PR que já garantiu apoio à candidatura de Osmar Dias (PDT). “O PR tem sim um pré-candidato ao governo: Osmar Dias. Quando for confirmada a candidatura dele, caminharemos juntos, independente da coligação que ele formar”, disse o presidente estadual do PR, deputado federal Fernando Giacobo.

Aliocha Maurício
Milton Alves: “Que venha o DEM”.

No PC do B, a orientação nacional de estar no palanque da pré-candidata do PT, ministra Dilma Rousseff, também pode ser decisiva para colocar o partido ao lado de Osmar Dias, caso o pedetista confirme aliança com o PT. “Temos essa orientação para construirmos o palanque da Dilma. Tivemos conversas muito boas com o PT e podemos estar juntos se essa coligação se confirmar, mas também temos conversado com o Pessuti (Orlando, vice-governador e pré-candidato pelo PMDB)”, disse o presidente do PC do B, Milton Alves.

O comunista disse não acreditar que o DEM venha a apoiar Osmar Dias caso o senador feche aliança com o PT, mas se isso se confirmar, não vê problema. “Não consigo ver o DEM no palanque da Dilma, mas se eles vierem, seria inusitado, mas seria positivo. Apoio não se rejeita, não seria a gente que estaria mudando de lado”, comentou.

Allan Costa Pinto
Giacobo: “Caminharemos juntos”.

“Até abril não vamos ter nada definido. As conversas só começam a ter sentido depois das renúncias do José Serra, do Beto Richa e do Requião. A partir disso é que o quadro vai se definir”, disse o presidente estadual do PTB, Alex Canziani. “Vamos aguardar, sequer sabemos quem serão os candidatos. Fomos procurados por todos, mas, por enquanto, muita conversa e nada de concreto”, comentou o deputado federal. Canziani explicou que irá buscar, na aliança que fizer, uma posição boa para que o PTB consiga ampliar suas bancadas. “Queremos eleger, ao menos, dois deputados federais e três estaduais. Uma aliança que nos dê essa condição será o que buscaremos”.

Candidatos próprios

Cortejado pelo PT para estar no mesmo palanque e pelo PMDB, pois ocupa cargo no governo estadual, o Partido Verde estuda lançar o nome do diretor de Meio Ambiente da Itaipu Binacional, Nelton Friedrich para a eleição de 3 de outubro. “É um dos nomes mais respeitados dentro do PV. Acredito que ele será nosso candidato”, disse o presidente estadual do partido e secretário especial de Controle Interno do governo Requião, Melo Viana. Com pré-candidata à presidência da República, uma candidatura própria do PV no Estado seria fundamental para dar mais espaço a Marina Silva no Paraná.

PSOL, PSTU e PCB também devem lançar um candidato ao governo. Os partidos pretendem reeditar a “Frente de Esquerda” nas eleições de outubro e já iniciaram a construção de uma candidatura. O PSOL ofereceu os nomes de Luiz Felipe Bergmann e Walmor Venturini para concorrer ao governo.