PPS aprova aliança com PTB e pequenos

O PPS aprovou um indicativo, ontem, de alianças com o PTB, PHS e PAN, durante pré-convenção realizada ontem à noite em Curitiba. O pré-candidato do PPS ao governo, Rubens Bueno, disse que o PDT não entrou na lista de possíveis coligações porque o partido tem um pré-candidato ao governo, o senador Osmar Dias.

Bueno disse que seria uma "deselegância" com o senador pedetista incluir o PDT na lista de partidos que ele vai procurar para apoiar a sua candidatura. No plano nacional, PDT e PPS estão conversando para uma composição. Diante da decisão da executiva nacional do PDT, que se reuniu na segunda-feira passada e aprovou o lançamento da candidatura do senador Cristovam Buarque à sucessão do presidente Lula (PT), Bueno acha que os dois partidos terão que reorientar a conversa. "Temos que ver como será possível compor. Se a composição vai se dar em torno de um ou de outro", afirmou o pré-candidato do PPS, referindo-se ao deputado federal Roberto Freire, já escolhido como pré-candidato do partido à sucessão presidencial.

Secretário nacional da executiva do PPS, Bueno afirmou que os dois partidos estão discutindo uma aliança desde 2002 e que ainda têm muito chão pela frente. "De uma maneira geral, há uma indefinição entre os partidos. E é claro que haverá uma rearrumação no quadro. Enquanto as coisas não se definem lá, nós vamos conversando aqui para ajustar uma aliança mínima em torno de um plano de governo com partidos que não tenham candidato", justificou Bueno.

Para o dirigente do PPS, o processo de negociação de alianças ainda está cru em todos os partidos. "Até no PT que, por enquanto, só tem mesmo de aliado oficial o PCdoB", citou.

Sobrevivência

Bueno afirmou que três fatores vão definir o desenho da sucessão presidencial e também dos palanques ao governo do Estado: a eleição casada (presidente e governadores de estado), a verticalização (a regra que obriga os partidos com candidatos a presidente a reproduzirem as alianças nacionais nos estados) e a cláusula de barreira, que exige votação mínima dos partidos para que tenham direito à representação oficial no Congresso. "As decisões serão tomadas com base nesses aspectos, sobretudo o da cláusula de barreira. Partido que não superar a cláusula vai deixar de existir", comentou.

Na pré-convenção de ontem, o PPS começou a relacionar as candidaturas à Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa. Bueno disse que o partido irá adotar um critério para poder selecionar os nomes que irão compor as chapas proporcionais. "Nós temos mais candidatos que vagas", disse Bueno. 

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