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PPS abre dia 22 temporada de julgamento dos infiéis

O diretório estadual do PPS marcou para o próximo dia 23 o julgamento no conselho de ética do partido dos prefeitos e vereadores ligados a diretórios municipais que não atingiram a meta estabelecida nas eleições do ano passado.

São 162 procedimentos, contra 10 prefeitos, 12 vice-prefeitos e 140 vereadores que poderão ser expulsos da legenda por infidelidade partidária por não terem conseguido para os candidatos a deputado do partido 30% da votação total que conseguiram na eleição municipal, “numa forte evidência de que trabalharam para candidatos de outros partidos”, disse o presidente da legenda, Rubens Bueno.

O partido também vai analisar as denúncias isoladas, que foram feitas durante o processo eleitoral.  Com 17 prefeitos no Estado, mais da metade terá de se explicar ao conselho de ética.

O presidente do Conselho de Ética do partido, Ivo Ericsson Camargo de Lima, declara que será avaliado se os casos caracterizam infidelidade partidária. “A pena máxima é a expulsão do partido, que resulta automaticamente na perda do mandato. Suplentes do PPS deverão assumir as vagas deixadas pelos infiéis. Para não cometermos nenhuma injustiça teremos muita cautela”, afirmou.

Ivo informou o diretório estadual já recebeu 80% das defesas. O restante dos mandatários que não respondeu por dificuldade de comunicação terá a oportunidade de tomar conhecimento por meio de edital, que será publicado nos portais nacional e estadual do partido.

Os mandatários envolvidos no processo terão direito à defesa oral diante dos membros do diretório estadual, que poderão acolher ou rejeitar o parecer do Conselho de Ética. A reunião será fechada.  “Tivemos mandatários que trabalharam pouco nas eleições por falta de recursos. Cada caso será analisado particularmente”, afirma Ivo.