O secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores, Valter Pomar, voltou à carga em novo artigo publicado na página da legenda na Internet. Nesta semana, ele assinou um texto criticando o custo político da recondução do deputado federal Ricardo Berzoini (SP) à presidência do partido. Ontem, o secretário petista de Finanças e Planejamento, Paulo Ferreira, atacou Pomar em outro artigo, questionando as intenções do companheiro, que estaria tentando ?desestabilizar? Berzoini.
Ontem, num texto sob o título ?Elementar, meu caro Ferreira?, Pomar responde a essa e outras indagações do secretário. Sobre a pergunta ?a quem interessa este debate??, que Ferreira colocou no ar anteontem, Pomar respondeu: ?interessa aos que sabem que a diferença entre ?escândalo? e ?escrúpulo? está no tamanho da pedra.?
No texto, Pomar contesta a versão que Ferreira deu sobre a reunião da Executiva Nacional do PT, em que Berzoini se afastou da presidência do partido. ?Eu estive na mesma reunião e defendi uma opinião oposta à que Ferreira defendeu. E não me lembro que a decisão de Berzoini tenha sido ?referendada por todos nós, dirigentes petistas??. Ele nega ainda que na reunião Berzoini tenha condicionado o pedido de afastamento ao retorno imediato ao cargo de presidente, tão logo as investigações do dossiê chegassem ao final e nada apontassem contra ele. Segundo Pomar, para alguns, o não indiciamento de Berzoini esclareceu tudo. Para outros, não é este aspecto judicial que era e continua a ser a base do problema.