PMDB espera guerra feia em 2006

Peemedebistas já começam a se preparar para rebater a artilharia pesada da oposição neste período pré-eleitoral que vem aí. O clima em Brasília, com a criação da CPI dos Correios antecipando o espírito da disputa eleitoral do próximo ano, deve contaminar também o Paraná. É o que prevê o líder do governo na Assembléia Legislativa e presidente estadual do PMDB, deputado Dobrandino da Silva (PMDB), que disse estar se preparando para uma fase que definiu como turbulenta. "Lá, já começou", comparou.

Para o dirigente peemedebista, o grupo que está no poder é o primeiro e único alvo de quem está fora e quer entrar. "A oposição faz o papel dela", comentou o líder, acrescentando que o período que antecede as eleições, sobretudo agora quando ainda não estão definidas as candidaturas, é perfeito para os adversários começarem um processo de desgastes das atuais administrações. "É uma etapa em que se acirram debates e denúncias. E isso não nos assusta, mas exige uma melhor articulação do governo", afirmou Dobrandino.

As dificuldades na coordenação política do governo, em decorrência do impasse sobre a permanência de Caíto Quintana na Casa Civil, tem que ser superadas o mais depressa possível, disse o líder do governo. "Estamos mantendo o controle, por enquanto. Mas não sabemos até quando", comentou.

Sintonia

Um dos transtornos que deve surgir com a proximidade da campanha eleitoral diz respeito à unidade na base, afirmou o líder do governo. Ele acha que essa sintonia na hora das votações vai exigir um esforço redobrado, já que o bloco de apoio tem integrantes de partidos que estarão no palanque adversário na sucessão estadual do próximo ano.

Hoje, Dobrandino estima que a base do governo na Assembléia Legislativa está na medida para garantir a tranqüilidade nas votações. O grupo oscila entre trinta e cinco e quarenta deputados, dependendo do tema. E é essa maioria que o governo espera manter nos próximos dias para enfrentar o movimento contra a transformação da Emater em autarquia, o projeto mais polêmico do momento. Mas já na próxima quarta-feira, dia 1.º, essa maioria será colocada à prova quando entra em votação um veto do governador Roberto Requião (PMDB) à concessão de reajuste na data-base, em julho, para os servidores públicos estaduais.

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