Para não correr o risco de repetir o fiasco eleitoral de 2006 nas grandes concentrações urbanas do Estado, o PMDB está antecipando suas ações para as eleições municipais de 2008. O partido está convocando os presidentes dos diretórios municipais das dez principais cidades do Estado para uma reunião no dia 20 de janeiro, em Curitiba, onde os dirigentes locais, sob a coordenação da direção da capital, começam a debater a estratégia para a próxima disputa eleitoral.
Curitiba, onde o governador Roberto Requião perdeu a eleição para o senador Osmar Dias (PDT), e outras nove grandes cidades, entre elas, Londrina, Ponta Grossa, Guarapuava, Foz do Iguaçu, vão fazer um diagnóstico do desempenho em 2006 e traçar as metas para 2008. O ponto de partida da conversa será a discussão de uma política de comunicação de massa do PMDB com a população destes municípios. Peemedebistas vão partir da conclusão de que faltou levar ao eleitor as informações básicas sobre as ações dos quatro anos de governo, para procurar uma saída alternativa de comunicação com os moradores dessas regiões.
A intenção também é começar a selecionar os nomes que o partido dispõe nessas cidades para lançar como candidatos a prefeito em 2008. Em Curitiba, os pretendentes estão sendo catalogados desde já. Na lista, estão o deputado estadual não reeleito Rafael Greca, o deputado estadual eleito Reinhold Stephanes Junior, o deputado estadual reeleito Mauro Moraes, o deputado federal eleito Rodrigo Rocha Loures e o deputado estadual eleito Luiz Claudio Romanelli. No grupo dos pré-candidatos, apenas um nunca exerceu um mandato no parlamento: o reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Junior.
Até junho, o PMDB de Curitiba pretende fechar o nome do seu candidato. O presidente do diretório municipal, Doático Santos, disse que as experiências anteriores demonstraram que hesitações na hora de escolher o candidato prejudicaram a sigla na capital. E que em 2008, não é possível perder tempo com questões menores.
Articulação nacional
Mas antes do encontro com os presidentes municipais, o PMDB estadual e de Curitiba inicia a discussão sobre a construção do nome do governador como alternativa para a sucessão presidencial de 2010. A primeira etapa deste esforço vai se dar na convenção nacional do partido, marcada para março. O projeto é conquistar espaço não apenas no diretório nacional, como também uma cobiçada vaga na nova executiva, o núcleo de comando do partido.
O PMDB do Paraná se reúne no dia 11 de janeiro, em Curitiba, para preparar sua participação na convenção. O projeto é obter a secretaria-geral do diretório nacional É nessa posição que se dá a relação com todos os diretórios estaduais e também municipais da sigla no País. Seria o local ideal para o PMDB do Paraná na sua meta de tornar Requião um nome nacional.
O nome cotado internamente no Estado para ser o representante paranaense na executiva nacional é o de Romanelli. Nos últimos anos, Romanelli foi o secretário-geral do diretório estadual. Agora, foi eleito vice-presidente do PMDB paranaense.
No diretório nacional, o Paraná tem direito a indicar oito representantes. Além de Requião e do vice-governador Orlando Pessuti, deverão ser indicados os deputados estaduais Caíto Quintana e Dobrandino da Silva, o ex-prefeito de Guarapuava Nivaldo Kruger e o presidente do PMDB paranaense, Renato Adur.