O secretário estadual da Comunicação, Airton Pisseti, encaminhou ontem um ofício à Mesa Executiva da Assembléia Legislativa, pedindo o adiamento do pronunciamento que faria ontem, em plenário, sobre acusações de irregularidades na sua pasta. Pisseti justificou que tinha um compromisso mais urgente e que outra data deveria ser marcada para sua visita à Assembléia.
Irritados com a ausência do secretário, os deputados de oposição Valdir Rossoni (PSDB) e Ademar Traiano (PSDB) apresentaram um requerimento convocando Pisseti que, anteriormente, iria à Assembléia na condição de convidado. No requerimento, o secretário era convocado para a próxima terça-feira, dia 7 de dezembro.
O líder do governo, Natálio Stica, disse que não há motivo nenhum para que Pisseti seja convocado ao invés de convidado. "Ele não se recusou a vir aqui. Ele apenas pediu a transferência da data, já que recebeu apenas hoje (ontem) a correspondência encaminhada pela Casa. Não vamos aprovar essa convocação", reagiu Stica.
Mas no PMDB há divergências sobre a ida de Pisseti à Assembléia. O deputado Nereu Moura acha que o secretário não deveria comparecer ao plenário. E cobrou do governador Roberto Requião (PMDB) uma posição sobre o choque entre Pisseti e o secretário da Indústria, Comércio e Mercosul, Luis Mussi, apontado pelo jornal Gazeta do Paraná como o autor de uma denúncia de cobrança de propina para liberação de verbas publicitárias do governo. O autor da informação, Ogier Buchi, foi demitido do cargo de diretor da EcoParaná e do Centro de Convenções. Mas o governador, que estava nos Estados Unidos quando a polêmica surgiu, retornou e já disse que os dois secretários continuam no cargo.