Pessuti envia projeto que cria Fundo de Aval no Paraná

O vice-governador e secretário da Agricultura Orlando Pessuti (PMDB) assume interinamente, o governo a partir de amanhã (dia 18), quando o governador Roberto Requião (PMDB) embarca para os Estados Unidos numa comitiva da ministra das Minas e Energia, Dilma Roussef, para conhecer o modelo público de energia elétrica do Estado do Texas. Requião ficará uma semana nos Estados Unidos, acompanhado do presidente da Copel, Paulo Pimentel, e do diretor-geral da Usina de Itaipu, Jorge Samek.

 

Durante a semana, Pessuti irá encaminhar à Procuradoria Geral do Estado o esboço do projeto que institui o Fundo de Aval no Paraná, que será remetido à Assembléia Legislativa após o retorno de Requião dos Estados Unidos. A proposta do governo que será votada pelos deputados estaduais cria um fundo exclusivo para garantir os financiamentos de pequenos agricultores junto aos programas do governo federal, como o Pronaf (Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar) e as linhas de créditos do Banco do Brasil destinados ao setor.

 

?Nosso alvo são os pequenos produtores que não conseguem fazer estas operações de crédito por falta de avalistas. Com o Fundo, o governo do Estado será o avalista. O dinheiro será do Pronaf, mas o agricultor terá a nossa ajuda para ter acesso a esses recursos?, explicou Pessuti.

 

De acordo com levantamento da Secretaria de Agricultura, cerca de vinte mil agricultures familiares devem ter acesso ao fundo na primeira fase de financiamento, que contemplaria a safra 2003-2004. O Fundo começa a operar com capital de R$10 milhões. Pessuti disse que o montante é suficiente para alavancar cerca de R$200 milhões em financiamentos federais.

 

Conforme o estudo da Secretaria da Agricultura, a média de inadimplência entre os pequenos agricultores não ultrapassa a 2%.O Fundo de Aval será gerido pela Agência de Fomento, informou.

 

Requião vai aos Estados Unidos com o objetivo de convencer a ministra das Minas e Energia de que o sistema texano de energia, que tem controle público, mas admite ao mesmo tempo a participação da iniciativa privada, pode ser um dos referenciais na formulação do novo modelo energético brasileiro. Requião combate a proposta em estudo pelo Ministério das Minas e Energia segundo o qual todas as estatais do setor teriam que comercializar energia entre si.

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