Paulo acelera processo de reunificação da Copel

O presidente da Copel, Paulo Pimentel, resumiu ontem com uma frase as duas semanas de atuação da nova diretoria da empresa: “A reunificação da Copel já é uma realidade de fato, e em breve será também de direito”, afirmou. Paulo disse que vai seguir fielmente a determinação do governador Roberto Requião (PMDB) de reintegrar as atividades da Copel que haviam sido separadas em empresas autônomas no governo Jaime Lerner.

Segundo o presidente da empresa, do ponto de vista administrativo, a companhia já voltou a operar como se fosse uma só – com menos diretores e fluxo de pagamentos centralizado. A exceção é a contabilidade da empresa, que continuará sendo feita separadamente com o objetivo de manter a transparência e permitir total efetividade ao trabalho de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel.

“Comunicamos à Aneel que vamos reunificar a Copel mas sem misturar-lhe as contas”, disse Paulo Pimentel, lembrando que no dia seguinte ao da sua posse um ofício foi enviado à Agência expondo exatamente isso. “O documento é bem claro ao informar que o acionista controlador da Copel, que é o Estado do Paraná, decidiu reverter o processo de desverticalização e reagrupar suas atividades, mas conservando a separação contábil para fins de fiscalização”, disse Paulo.

Formalidades

No aspecto legal, porém, os procedimentos de reunificação da Copel deverão ser um pouco mais demorados. “Há uma seqüência de providências e formalidades que precisam ser – e estão sendo -tomadas perante o poder concedente e os investidores, em atendimento à Lei das Sociedades Anônimas e aos regulamentos do setor elétrico”, explicou o presidente da empresa. “O desmembramento da Copel levou mais de dois anos para ser feito, e não é possível percorrer o caminho inverso em poucos dias”.

Para Paulo, a unificação da Companhia vai devolver a racionalidade administrativa da estatal, evitando a multiplicação de estruturas para realização de tarefas idênticas e aproveitando uma sinergia que é natural e característica de empresas integradas. “Há muitos procedimentos que são comuns à Copel inteira e que podem ser executados por um só setor, de maneira mais ágil e também mais econômica porque se adquire ganho de escala”, avaliou. Essa reestruturação interna das atividades tem sido detalhadamente estudada pelos diretores da concessionária.

O presidente da empresa também destacou como “da maior relevância” outros dois fatos ocorridos nesse princípio de gestão. “Primeiro, o pronunciamento da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff que, ao se mostrar simpática à verticalização das empresas de energia elétrica, na prática endossou a decisão do governador Requião. E segundo, o início dos estudos que vão fixar os critérios operacionais do programa social do governo do Estado para isentar do pagamento da conta de luz as famílias carentes do Paraná, cujos valores já se acham assegurados no orçamento”, avaliou.

Darcy Deitos assume cargo

O empresário Darcy Deitos tomou posse ontem como diretor presidente da Suderhsa (Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental), autarquia ligada à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Ele disse que pretende seguir o programa de governo de Roberto Requião e ajudar o Paraná a resolver problemas de saneamento, recursos hídricos e outros ligados à área ambiental.

Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente, Eduardo Cheida, entre as prioridades da nova diretoria está a recuperação do quadro técnico do órgão. “Recuperar a potencialidade plena não depende somente do governo e sim dos técnicos”, afirmou. Cheida disse que a soma dos técnicos existentes na autarquia e a sensibilidade política de Darcy vão oferecer condições básicas para a população paranaense. “Governar é somar e não desmanchar o que foi feito”, concluiu o secretário.

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