Levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que 91 municípios, em 14 estados, terão eleições com candidato único no próximo dia 3 de outubro. Para o candidato ser eleito, ele precisa obter a maioria dos votos.
O Rio Grande do Sul é o Estado com maior número de municípios com candidatura única, 24; seguido do Paraná, 14; Minas Gerais e São Paulo, cada um, com 9 municípios. Em seguida vem Santa Catarina, 7; Mato Grosso, 6; Tocantins e Rio Grande do Norte, 4, cada; Paraíba, Pernambuco, Piauí e Mato Grosso do Sul, 3, cada; Ceará e Goiás, 1 município em cada.
São as seguintes as cidades paranenses que terão candidato único:
Paraná: Candoi, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Iguaçu, Enéas Marques, Goioxim, Japura, Jesuítas, Nova Aliança do Ivaí, Nova Olímpia, Pitangueiras, Quatro Pontes, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste e São Jorge do Patrocínio.
Pesquisa
O que não vai faltar na última semana de campanha em Curitiba é pesquisa eleitoral. Nada menos do que nove foram registradas na 1.ª Zona Eleitoral entre a última sexta-feira e ontem em Curitiba. Portanto, estarão aptas a serem divulgadas a partir desta sexta-feira (1). A pesquisa Ibope-Rede Globo tem data marcada para a divulgação do resultado: será no sábado à noite, durante o noticiário local. As três registradas pelo Instituto GPP – Grupo de Planejamento e Pesquisa, de São Paulo, serão publicadas pelo Jornal do Estado nesta quarta-feira, conforme anúncio feito pelo próprio jornal.
As demais não informaram ainda a data de divulgação.
Além do Ibope e do GPP, registraram sondagens de intenção de voto em Curitiba o Instituto Vox Populi, o Instituto Brasmarket, Sensus, Instituto Bonilha e Datacenso. A última pesquisa divulgada foi a do Ibope, no dia 23, onde o candidato da coligação Tá Hora, Curitiba, Angelo Vanhoni (PT), aparecia um ponto à frente de seu principal adversário, o tucano Beto Richa, da coligação Curitiba Melhor Pra Você. Vanhoni foi citado por 28% dos 805 eleitores entrevistados, e Richa por 27%. Rubens Bueno (PPS), apareceu em terceiro lugar, com 11% das intenções de voto, Osmar Bertoldi (PFL), com 7%, e Mauro Moraes (PL) com 5%.
Tucano promete visitar todo o eleitorado
O candidato à Prefeitura de Enéas Marques, a 520 quilômetros de Curitiba, no sudoeste do Paraná, Valmor Vanderlinde (PSDB), vai conseguir fazer, nesta eleição, o que muitos pretendentes sonham: conversar individualmente com todos os 4.584 eleitores. Afinal, sendo candidato único na cidade, sobrou mais tempo para o trabalho corpo-a-corpo. “Estamos concluindo a visita a 100% dos eleitores”, acentuou. E, se algum manifesta intenção de votar em branco ou anular o voto, recebe nova visita. “Tentamos convencer sobre a força política do voto”. Segundo ele, em campanhas com disputa, no máximo consegue-se visitar 35% deles.
Desde 1982, a coligação PSDB/PMDB administra o município e, neste ano, foi acrescida do PP, PDT, PTB e PFL – a totalidade dos partidos com diretório municipal. A discussão para a unificação começou há cerca de dois anos, quando existiam sete pré-candidatos. Segundo Vanderlinde, foram realizadas três rodadas de pesquisa nesse período e seu nome foi apontado com mais ênfase. “Depois foi-se ajustando”, afirmou. Se vencer, ele sucederá Hélio Parzianello, também do PSDB. A disputa pelas nove vagas na Câmara de Vereadores será mais acirrada: são 11 candidatos.
Visitas
Sem necessidade de comícios, o candidato privilegiou as visitas individuais e 25 reuniões estratégicas nas comunidades, na quais traçou sua diretriz de governo. Com 81% dos habitantes morando na zona rural, a atividade agrícola mereceu mais atenção principalmente para o escoamento da produção, o que deve ser conseguido em união com os governos federal e estadual. A prefeitura também pretende tornar-se mais parceira dentro das propriedades com programas de respeito ao meio ambiente e de preservação das águas, segundo o candidato.
Funcionário público estadual há mais de 20 anos, médico veterinário e ex-chefe da regional do Departamento de Fiscalização da Secretaria da Agricultura, Vanderlinde entra pela primeira vez na disputa eleitoral. Ele disse que, apesar da ampla coligação, terá total liberdade para montar o secretariado o que já vem sendo estudado. “Estou adotando critérios técnicos”, garantiu.