Para nanicos, campanha vai começar só em agosto

Os partidos pequenos com candidatos inscritos na disputa ao governo estão empenhados em estruturar comitês de campanha, a finalizar seus planos de governo e a iniciar estratégias de divulgação. A maioria deles pretende começar suas campanhas de forma efetiva somente em princípio de agosto. O candidato do PV, Melo Viana, por exemplo, afirmou que somente a partir de primeiro de agosto a sua campanha deve começar "para valer". "Até lá, estamos organizando a casa e montando a nossa equipe", disse.

Melo Viana disse que o PV está lapidando os últimos detalhes do programa de governo, que tem entre seus principais pontos a criação de quadro técnico no serviço público e a transformação e a redução do número de secretarias para um total de nove. "O mundo mudou e a estrutura atual é antiga, da Era Vargas. O Estado precisa de mudanças", afirmou Melo Viana.

O candidato do PSDC, Luiz Adão Marques, afirmou que já começou sua campanha, mas em primeiro de agosto ela deverá ter força total. "Estamos encerrando o plano de governo e vou viajar em campanha por todo o Paraná no mês que vem". Segundo Luiz Adão, o projeto do PSDC é de conquistar o poder para transformar o Estado de "senhor" para "servidor" da população. "Temos três objetivos principais: acesso universal e real do cidadão a serviços públicos de qualidade, segurança efetiva do cidadão e obsessão pelo desenvolvimento", declarou.

Antonio Roberto Forte, candidato à sucessão estadual pelo PSL, explicou que fará o lançamento oficial de sua campanha no próximo dia 21, porque no momento está consultando o TRE para saber o que se pode ou não se pode fazer. "Nossa campanha está emperrada nesse detalhe. Assim que tivermos todas as informações iremos para as ruas", disse. Segundo Forte, as principais ações que propõe é o fim do voto obrigatório e a "escola ofício" – atendimento especial para trabalhadores e desempregados para inserção no mercado.

A candidata Ana Lúcia Pires, do PRTB, afirma que como o seu programa de governo está quase pronto, deve sair em campanha já na próxima segunda-feira numa viagem de 45 dias passando por todos os municípios do Paraná. Ela entende que a sua principal estratégia deverá ser a de divulgação "corpo a corpo", uma vez que possui escassos recursos para propaganda. "Quero ouvir a população e entender as necessidades", disse. Ana Lúcia afirmou que em suas propostas pretende focar medidas na área de educação e na de geração de emprego para jovens e para pessoas acima de 40 anos.

O candidato ao governo pelo PSOL, Luiz Felipe Bergmann, explicou que vem buscando apoio em todas as regiões do estado, a fim de que possa estimular e mobilizar militantes e simpatizantes. Luiz Felipe afirmou que a divulgação de sua candidatura deve se efetivar somente nos primeiros dez dias de agosto. Segundo ele, a principal proposta consiste na democratização do orçamento do Estado. "Queremos mostrar para a população como é elaborado o orçamento hoje, servindo para satisfazer a elite do Paraná". Luiz Felipe disse também que o partido propõe a reforma agrária, a partir de um levantamento de terras devolutas, ociosas ou griladas, já realizado pelo PSOL.

Já o candidato do PRP, Jorge Martins, preferiu manter em segredo o programa de governo de seu partido, que deve ser terminado até o final de semana. "Ainda não vou revelar. Mas o plano mexe com a estrutura do Estado que está aí. Propõem uma nova visão de política de governo e de relação interpartidária". Segundo Martins, como o partido é pequeno, a parte logística é a mais simples da campanha.

"A campanha vai ser de idéias bastantes arrojadas", promete o candidato. Martins pretende também proferir palestras em universidades de todo o Estado, com o objetivo de que suas idéias se disseminem entre os jovens.

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