Osmar no TRE contra propaganda do PMDB

Os tucanos entrincheirados na campanha do senador Osmar Dias (PDT) ao governo agiram rápido na tentativa de apagar os sinais da aliança PMDB-PSDB das ruas do Paraná. Ontem, a assessoria jurídica do candidato pedetista ajuizou  um pedido de providências no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para declarar irregular todo material de propaganda da coligação Paraná Forte, que vincule a candidatura do governador Roberto Requião (PMDB) ao PSDB.

O argumento da coligação Paraná da Verdade, de Osmar Dias, foi que a aliança entre Requião e os tucanos foi invalidada pelo TRE e que sua permanência é irregular. Na última terça-feira, o TRE acatou uma ação de impugnação da coligação, assinada pelo presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossini, e os deputados federais Luiz Carlos Hauly e Gustavo Fruet.

O senador está acompanhando de perto o desenrolar das negociações entre os tucanos paranaenses e a direção nacional. Osmar conversou sobre o assunto com o candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin. No telefonema, Osmar disse a Alckmin que um recuo da cúpula tucana em relação ao veto à aliança com o PMDB seria uma desmoralização para o partido nos planos nacional e estadual. O senador pedetista argumentou com o candidato tucano à sucessão presidencial que manter a anulação da aliança é uma questão de coerência.

Alckmin disse a Osmar que, independente da decisão, tem uma admiração pelo senador paranaense e que gostaria de ser apoiado pelo pedetista. Apesar de o PDT ter candidato a presidente, o senador Cristovam Buarque, Osmar não tem se envolvido na sucessão presidencial.

Bônus

O senador Osmar Dias não esconde que o fim do acordo entre peemedebistas e petistas o beneficia. A avaliação de sua coordenação é que, sem as amarras legais, tucanos que estavam inibidos ou temerosos de afrontar a coligação formal com o PMDB, poderão aderir livremente à candidatura do pedetista. Um dos apoios mais visados por Osmar é o do prefeito de Curitiba, Beto Richa.

Osmar já tem do seu lado alguns dos secretários de Beto e o ex-deputado Euclides Scalco. Dos deputados estaduais tucanos, apenas Rossoni e Ademar Traiano aderiram à candidadura do pedetista. 

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