Osmar Dias quer controlar alianças no Paraná

O presidente estadual do PDT, senador Osmar Dias, assina na próxima segunda-feira, dia 21, uma resolução determinando que todas as alianças do partido nos municípios para as eleições de 2008 terão de ser homologadas pelo diretório regional.  

A exemplo de outras siglas, como o DEM e o PSDB, o PDT decidiu adotar a medida para impedir que os diretórios municipais façam acordos que possam prejudicar o projeto eleitoral do partido no próximo ano e na eleição para o governo em 2010.

O controle sobre as alianças é parte da estratégia para impedir que o PDT não se alinhe na disputa do ano que vem aos adversários da eleição de 2006. ?O PDT não pode mais ser usado como foi no ano passado. Não queremos ter a desagradável surpresa que tivemos em 2006?, disse o senador, lembrando que dos 40 prefeitos do partido, sua candidatura ao governo teve o apoio da metade deles. A outra metade apoiou o governador Roberto Requião (PMDB).

No próximo mês, o partido vai formalizar uma pré-aliança com as siglas que estiveram no palanque pedetista ao governo no ano passado. O PTN, PDC e PtdoB, serão os primeiros a assumir um compromisso de coligação com o PDT na eleição para as prefeituras e câmaras municipais.

Confiança

Ontem, Osmar esteve em Arapongas e depois viajou a Cascavel, como parte de um roteiro de reestruturação do partido nos municípios. Em cada cidade, os diretórios estão sendo remontados com nova direção. ?Fiquei decepcionado com parte do PDT na eleição do ano passado. Agora, queremos ter um time nosso em cada município, com quem poderemos contar na eleição a prefeito e em 2010?, disse o senador.

Com base no desempenho eleitoral do ano passado, o PDT está projetando uma fase de crescimento na próxima eleição. ?O PDT, que no Paraná foi um partido grande, agora tem a chance de voltar a ser outra vez?, afirmou. No processo de renovação dos diretórios e de novas filiações, o senador disse que está buscando recompor núcleos leais ao partido. Dos 44 prefeitos eleitos em 2004, apenas 16 permaneceram. Alguns saíram já durante a campanha eleitoral do ano passado. ?Houve uma pressão brutal sobre os prefeitos. Não queremos mais eleger prefeitos que não saibam suportar este tipo de pressão?, comentou. 

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