Alianças

Osmar convida partidos para encontro do PDT

O senador Osmar Dias, pré-candidato do PDT ao governo do Estado, decidiu convidar o PT, o PSDB, o PMDB e outras siglas, como o PR e o PCdoB, para discutir com ele um projeto de desenvolvimento para o Estado no dia 25, em Foz do Iguaçu, durante um encontro estadual do seu partido. Osmar disse que prefere mudar o foco das discussões sobre candidaturas em 2010 para a construção de um projeto para o Estado.

Foi com esse mesmo argumento que o senador evitou se manifestar sobre os números revelados no trabalho encomendado à Paraná Pesquisas pelo seu aliado, deputado federal Ricardo Barros (PP), na disputa para o governo do Estado no próximo ano. “Vi e registrei”, resumiu o senador, que aparece em segundo lugar, atrás do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Mas a pesquisa mostra também que, se não tiver a concorrência do prefeito de Curitiba, sua candidatura é favorita no Estado.

Entre o desejo da manutenção da aliança com o PSDB e os reiterados convites do PT para ser o candidato de uma aliança avalizada pelo presidente Lula, Osmar disse que está sendo sincero com todos e que espera as definições.

Mas adiantou que considera mais do que improvável a realização do desejo do presidente Lula (PT) de ter uma candidatura única dos seus aliados no Paraná ao governo. Lula expressou essa posição em encontro com o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB), durante sua vinda ao Paraná, na terça-feira, 14.

Mesmo que haja um rompimento com o PSDB, dificilmente o sonho de Lula se realiza, disse. “As circunstâncias são diferentes em cada estado. Eu sou candidato e o Pessuti também é. Então, não há essa hipótese”, afirmou o senador, que gostaria de encerrar essa discussão de uma vez por todas. “Por mim, todas as definições sairiam amanhã. Mas não depende de mim. Então, vamos deixar acontecer lá na frente”, comentou.

Osmar disse que não tem fundamento a tese do PMDB de que está escondendo um acordo com o PT para 2010, enquanto Beto Richa não formaliza sua intenção de disputar o governo no próximo ano.

“Eu não tenho conversado nem com o PMDB e nem com o PT. Se tivesse acordo, eu seria o primeiro a declarar. Não tem porque esconder. Com o presidente Lula, existe uma conversa que vem sendo realizada há muito tempo, mas que somente poderia avançar se houvesse um rompimento da aliança com o PSDB. Isto não aconteceu. Então, essa discussão cansou e não tem trazido resultado prático”, afirmou.

O senador afirmou que, em Foz do Iguaçu, terá a primeira conversa de uma série que manterá pelas várias regiões do Estado para formular um projeto de governo. “A minha idéia é fazer uma discussão suprapartidária com a comunidade regional. Eu vou levantar as informações e convido todos os partidos que quiserem fazer o mesmo”, afirmou.