Meteórico

Oriovisto salta de 3% para 15% e embola disputa por vaga no Senado pelo Paraná

Oriovisto Guimarães cresceu muito em pesquisa Ibope divulgada no Paraná.
Oriovisto Guimarães cresceu muito em pesquisa Ibope divulgada no Paraná. Marcelo Andrade / Gazeta do Povo

Se por um lado já era esperada uma queda nas intenções de voto para o ex-governador Beto Richa após sua prisão, por outro lado o mais surpreendente da pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (28) foi a ascensão meteórica do candidato Oriovisto Guimarães (Podemos). No levantamento encomendado pela RPC ele aparece com 15% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Flávio Arns (Rede), Beto Richa (PSDB) e Alex Canziani (PTB) considerando a margem de erro (3% para mais ou para menos).

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O comparativo com a pesquisa anterior, divulgada no início de setembro, Oriovisto quintuplicou suas intenções de voto, saltando dos 3% para os 15%. Um dos maiores entraves encontrados pelo candidato no início da campanha era o desconhecimento do eleitorado, afinal Oriovisto nunca havia se candidatado. Este, inclusive, era o mote de algumas de suas peças publicitárias.

Outro dado curioso mostrado pela pesquisa Ibope é o resultado da “Espontânea”, quando o eleitor não recebe uma lista de nomes para escolher o seu preferido. Neste levantamento, Oriovisto aparece na segunda colocação com 6% dos votos, atrás apenas do atual senador Roberto Requião (MDB), que tem 15%.

Memória

José Eduardo Vieira, o "não-político" eleito em 1990. Foto: Arquivo
José Eduardo Vieira, o “não-político” eleito em 1990. Foto: Arquivo

A arrancada do empresário traz semelhanças com a vitória de José Eduardo de Andrade Vieira na eleição para o Senado em 1990. O então dono do Bamerindus, concorrendo pelo PTB, era o “não-político” daquela disputa, enfrentando nomes consagrados como o deputado Waldyr Pugliesi (PMDB), o ex-prefeito de Curitiba Maurício Fruet (PSDB) e o ex-governador Paulo Pimentel (PFL), além de Tony Garcia (PRN), o pivô da prisão de Beto Richa e que à época era o candidato do presidente Fernando Collor.

Na campanha, José Eduardo virou o “Zé do Chapéu”, arrancou durante o horário eleitoral e foi eleito com mais de um milhão de votos, bem à frente de Tony, Fruet e Pimentel. Naquele pleito, apenas um senador foi eleito – os outros dois à época eram José Richa (PSDB) e Affonso Camargo (PTB).

Sobre a pesquisa: Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Quem foi ouvido: 1204 eleitores de todas as regiões do estado, com 16 anos ou mais. Quando a pesquisa foi feita: 24 a 26 de setembro. Registro no TRE: PR‐07128/2018. Registro no TSE: BR-06574/2018. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. 0% significa que o candidato não atingiu 1%. Traço significa que o candidato não foi citado por nenhum entrevistado.

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