Oposição tenta repetir ?frentona? no interior do Paraná

Enquanto comemora o sucesso da união em Curitiba, que conseguiu reunir os cinco partidos na campanha de reeleição de Beto Richa (PSDB), a grande aliança dos partidos de oposição ao governo estadual e federal (PSDB, PDT, DEM, PSB e PPS) ainda acerta algumas arestas nos principais municípios do interior do estado.

As situações mais confortáveis, em que os cinco partidos praticamente fecharam com apenas um candidato, é em Campo Mourão, cidade do presidente estadual do PPS, Rubens Bueno, onde o atual prefeito, Tauillo Tezelli (PPS) terá apoio total da aliança para a reeleição.

Em Francisco Beltrão, o vice-prefeito Wilmar Reichembach (PSDB) também deverá ter todos os partidos da aliança na campanha, num trabalho que também está sendo realizado em Paranaguá, para tentar reeleger José Baka Filho (PDT).

Já em Pato Branco, apesar de o prefeito Roberto Viganó (PDT) ser candidato à reeleição com apoio da maioria dos partidos da aliança, o DEM, que tem no deputado federal Alceni Guerra uma das principais lideranças da região, ainda defende a candidatura própria.

Foto:O Diário do Norte do Paraná

Wilson Quinteiro, em Maringá.

Das cidades com mais de 150 mil habitantes, o maior sucesso da aliança foi alcançado em Maringá, onde os partidos apoiarão Wilson Quinteiro (PSB), que tentará desafiar o prefeito Sílvio Barros (PP), o deputado João Ivo Caleffi (PMDB) e o ex-secretário de planejamento Ênio Verri (PT). Em Cascavel, o deputado estadual Edgar Bueno (PDT) deverá receber o apoio dos cinco partidos na disputa contra a reeleição do prefeito Lísias Tomé (PSC).

Já em Londrina e Foz do Iguaçu não teve conversa e a aliança estará dividida. Na cidade do norte do estado, onde a disputa promete ser uma das mais acirradas no estado, os deputados federais Luiz Carlos Hauly (PSDB) e Barbosa Neto (PDT) serão adversários, pelo menos no primeiro turno, que ainda contará com a participação dos deputados André Vargas (PT), Luiz Eduardo Cheida (PMDB) e Antônio Belinati (PP). A aliança pode vir em um eventual segundo turno.

Já na fronteira, onde a eleição é decidida em apenas um turno, a aliança é parcial e contra um outro partido do grupo. O PSDB anunciou, na semana passada, apoio à candidatura do deputado estadual Reni Pereira (PSB), que enfrentará o prefeito Paulo Mac Donald (PDT).

Foto: Allan Costa Pinto

Edgar Bueno, em Cascavel.

A aliança entre os partidos de oposição foi definida em cinco reuniões realizadas pelos presidentes estaduais das legendas -Valdir Rossoni (PSDB), Osmar Dias (PDT), Abelardo Lupion (DEM), Rubens Bueno (PPS) e Severino Araújo (PSB) – para tentar unir forças nas eleições municipais e evitar que eventuais disputas entre candidatos destes partidos abram brechas para que candidatos ligados a PMDB e PT vençam a disputa. Os presidentes conseguiram fechar questão em 70 municípios do estado.

Para o presidente estadual do PSDB, Valdir Rossoni, as conjunturas locais e as orientações dos diretórios nacionais pela busca do maior número de candidaturas próprias possível impediram que o acordo sacramentado em Curitiba, em que duas pré-candidaturas – de Rubens Bueno (PPS) e Osmar Bertoldi (DEM) -, foram sacrificadas em prol da aliança. ?O resultado de Curitiba é muito difícil de ser alcançado em outras grandes cidades do estado, que têm sua conjuntura, sua história e sua vida política própria?, justificou.

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