Oposição promete fazer barulho

Na liderança da oposição na Assembléia Legislativa há pouco mais de 20 dias, o deputado Valdir Rossoni (PSDB) está definindo diretrizes para os próximos dois anos, em conjunto com os demais parlamentares do bloco e que não passam de oito num universo de 53 deputados. Isso não o preocupa: ?Somos a minoria, mas a coesão do nosso grupo garante um trabalho de qualidade. Além disso, o grupo está acima de qualquer interesse pessoal?. E cita como exemplo a eleição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, onde a oposição elegeu o presidente aproveitando a desarticulação e os desencontros da base governista. ?Nós soubemos nos articular?, diz o deputado tucano, adiantando que a pauta da bancada oposicionista será orientada pelo que chama de ?erros e ações? do governo estadual. ?Continuaremos nosso trabalho de fiscalização e mostrando as contradições do governo?, antecipa.

Ele ressalta que sua bancada sempre agiu com correção, ?pois todas as nossas denúncias e reclamações foram respaldadas por dados técnicos e embasadas nos estudos realizados por nossa assessoria ou pelos próprios deputados? e avalia que o desempenho do governo estadual acaba fornecendo o combustível que move a reação de seus adversários: ?Não são poucos os prefeitos e até mesmo os deputados da base aliada que reclamam da falta de uma política de desenvolvimento para o Estado. Até agora, o único legado são as ações e recursos impetrados na Justiça. Em dois anos, o governo também não conseguiu entrosamento efetivo entre seus aliados na Assembléia Legislativa. Tanto é que está escolhendo o terceiro líder em pouco mais de dois anos de mandato?.

Rossoni acredita que a proximidade das eleições vai reforçar a oposição e que ?o leilão de obras que governo tem realizado no interior em busca de apoio político? não vai render os frutos eleitorais esperados. Dono de um estilo mais duro que seu antecessor no cargo, o deputado pefelista Durval Amaral, Rossoni explica que ainda está se inteirando da liderança ?para obter o mesmo êxito do meu colega, mas é natural que eu imprima uma linha mais dura. Apesar disso, tenho certeza, saberei reconhecer os acertos quando eles existirem?. Amaral, aliás, é o novo presidente da CCJ.

Sobre as denúncias e críticas feitas na tribuna, diz que as informações provêm das próprias ações do governo: ?Além disso, temos a contribuição relevante da própria população, que nos procura, liga ou escreve para mostrar como o governo é inoperante ou falho na condução do Estado. E nós, como deputados da oposição, temos a obrigação de ler e reler os relatórios e projetos da administração estadual atrás de algum erro ou contradição?.

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