“Observatório” apresenta propostas a candidatos

O Observatório de Políticas Públicas Paraná lançou ontem, em Curitiba, uma carta aberta à população e principalmente aos candidatos nas eleições municipais deste ano trazendo a sua contribuição para a melhora das políticas públicas na capital. O documento será entregue aos doze candidatos a prefeito e a todos os candidatos a vereador.

O observatório é composto pelo Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Central de Movimentos Populares (CMP), Ambiens Sociedade Cooperativa, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Terra de Direitos e Universidade Federal do Paraná (UFPR). A carta representa uma síntese das posições discutidas pela sociedade civil quando da realização da conferência municipal das cidades feita em Curitiba há dois anos.

Segundo Leandro Franklin, da Terra de Direitos, o documento traz diretrizes capazes de transformar a cidade num local com a democracia ao menos aceitável. A carta é dividida em tópicos, que trazem as sugestões da sociedade civil para a administração municipal.

O primeiro tópico é a gestão democrática. O observatório pede principalmente o fortalecimento dos conselhos de políticas públicas. Na questão da moradia, a cobrança é que o município tenha coragem para enfrentar a especulação imobiliária e que junto com as casas forneça também infra-estrutura. “É preciso coragem para fazer desapropriações, mesmo em áreas com pendência judicial. Já que os programas do governo federal estão viabilizando financeiramente essas áreas também”, disse a coordenadora estadual do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Hilma de Lourdes Santos.

Os outros pontos cobrados pela carta são: saúde, saneamento e meio ambiente e trabalho e geração de renda. “O ponto mais importante a ser discutido da 2.ª conferência municipal, ano que vem, é a integração da regiões metropolitanas, já que todos os problemas são comuns e só poderão ser resolvidos em conjunto entre as capitais e as cidades vizinhas”, explicou o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares, Luiz Herlain. (Lawrence Manoel)

Voltar ao topo