Novo secretário nacional de Justiça quer investigar lavagem de dinheiro no futebol

Brasília – O novo secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, disse ontem (10) que as organizações criminosas, nacionais e internacionais, só sentem a ação do Estado quando são atingidas em suas estruturas financeiras, e que esta será uma das principais metas da secretaria.

?As prisões não servem para desestruturar a atividade criminosa, pois as pessoas são substituídas. Vamos atacar os criminosos na questão financeira, desarticulando-os?, afirmou, após a solenidade de posse no Ministério da Justiça.

Segundo ele, o futebol é um dos principais focos de lavagem de dinheiro. ?É um novo caminho para a ação do crime organizado com a lavagem de dinheiro. O futebol, hoje, não tem muitos parâmetros: até na venda de jogadores, os preços não têm referência. Vamos ter uma ação pesada nesta área, vamos extirpar as facilidades que permitem incentivos à lavagem de dinheiro?, enfatizou.

Tuma Júnior comentou ainda "a audácia de magnatas do crime transnacional, que chegam ao absurdo de comprar times de futebol para lavar o dinheiro sujo?. E acrescentou: ?Essa lavagem de dinheiro por meio dos esportes de massa surge como uma nova modalidade criminosa internacional e já merece uma profunda reflexão e uma enérgica ação por parte das instituições brasileiras?.

O combate às organizações criminosas e a recuperação de ativos ?serão metas a serem perseguidas cotidianamente?, por meio do entendimento nacional e da cooperação internacional, anunciou o novo secretário, que é filho do senador Romeu Tuma (DEM-SP), tem 47 anos e é delegado da Polícia Civil de São Paulo.

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