Municípios dão férias para conter gastos

Os prefeitos de municípios do Estado do Paraná se reúnem a partir das 9h desta terça-feira no Hotel Caravelle (Rua Cruz Machado, 282), em Curitiba, para discutir a possibilidade de fechar as portas das prefeituras por tempo determinado em protesto contra a queda de 37,93% do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) em setembro.

A convocação está sendo feita pela AMP (Associação dos Municípios do Paraná), que também quer debater com os prefeitos as ações que serão desenvolvidas para garantir a aprovação do projeto, no Congresso Nacional, que amplia em um ponto percentual o FPM destinado aos municípios. A queda brusca do FPM agravou ainda mais a crise financeira das pequenas cidades do interior.

Para se ter uma idéia, na sexta-feira passada, os 42 prefeitos dos municípios que pertencem à Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) decidiram adotar uma série de medidas drásticas contra a crise. As de caráter imediato são o corte de despesas com água, luz, telefone. E no final do ano, vão adotar o regime de férias coletivas por 45 dias, entre 15 de dezembro a 30 de janeiro.

O presidente da Amsop, o prefeito Miguel Carlos Rodrigues de Aguiar, de Mangueirinha, afirmou que "a profundidade das medidas vai depender de cada município, mas nós também estaremos paralisando o parque de máquinas, cortando cargos de confiança para reduzir despesas e acabando com a cessão de funcionários das prefeituras para o Estado". Aguiar disse que vai sugerir hoje na reunião da AMP que os prefeitos fechem as portas por dois a três dias.

Também na última sexta-feira, os 51 prefeitos que integram a Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) decidiram adiar a definição sobre a paralisação nesta terça-feira, junto com a AMP. Entre segunda e quarta-feira da semana passada, 28 das 32 prefeituras dos municípios que pertencem à Associação dos Municípios da Região de Entre Rios (Amerios) fecharam as portas, dando origem aos protestos contra a redução no repasse do FPM. O presidente da AMP e prefeito de Nova Olímpia, Luiz Sorvos, disse que o protesto dos prefeitos está sendo deflagrado porque os municípios estão cansados de ser tratados com descaso pelos demais integrantes da federação. 

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