MP vai apurar casos de crimes políticos no Paraná

 Foto: Divulgação

Roncaglio com Vargas: partidos pedem agilidade.

O presidente do diretório do PPS no Paraná, Rubens Bueno, e o líder estadual do PT, deputado André Vargas (PT), acompanhados por integrantes dos dois partidos, pediram ontem ao procurador-geral de Justiça em exercício, Luiz Eduardo Trigo Roncaglio, que seja feito um levantamento dos processos que investigam as mortes de seis pessoas, integrantes do PPS, PT e PC do B. Os políticos entendem que há demora na conclusão dos processos.

Na reunião com Bueno e Vargas, Roncaglio afirmou que vai pedir ao Centro de Apoio Operacional às Promotorias Criminais um levantamento da situação de cada um dos casos, para verificar se há a possibilidade de que Ministério Público (MP) tome providências para agilizar o trâmite das ações. "Pediremos que o Centro de Apoio entre em contato com os promotores locais, em cada caso, para que informem sobre a atual situação dos processos e o que está sendo feito pelas Promotorias", afirmou. Segundo ele, o relatório permitirá saber se existem eventuais dificuldades que possam ser resolvidas com o auxílio do MP.

Vargas pediu a colaboração do ministério público na apuração dos crimes ocorridos em Ivaiporã, Imbituva e Reserva. Aproveitou a oportunidade também para encaminhar à Procuradoria uma completa documentação dos três casos envolvendo crimes com motivação política nessas cidades.

Bueno afirmou que houve diversas substituições de juízes e promotores, o que contribui para a demora no andamento dos processos. Ele não tem dúvidas de que tem havido interferência política nos processos. "Vem faltando a posição firme do Ministério Público para se finalizar essas ações. Morrer por pensar diferente é um absurdo. É uma agressão à sociedade e uma violência à democracia", afirma.

"Viemos ao Ministério Público em busca de diálogo, para que se agilize o trâmite do processo a respeito da morte de Miguel Siqueira Donha, que sofreu um homicídio político. Estamos pedindo que seja dada uma resposta à sociedade", afirmou Bueno. O assassinato de Donha, presidente do Diretório Municipal do PPS de Almirante Tamandaré, ocorreu em janeiro de 2000.

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