Em enquete realizada no Paraná-Online, no mês de agosto, a maioria dos leitores apontaram que são contra o financiamento público de campanhas políticas.
A pergunta foi a seguinte: “O que você pensa sobre financiamento de campanhas eleitorais exclusivamente com fundo partidário?”. Duas opções ficaram com resultados muito próximos. “Sou a favor. Faria com que as contas das campanhas fossem mais transparentes” obteve 239 votos e “Tanto faz… Isso não evitaria casos de caixa dois” ficou com 232 votos. “Sou contra. O nosso dinheiro não deve ser envolvido com campanhas políticas” recebeu 370 votos.
Os defensores da criação de um fundo público para o financiamento de campanhas políticas afirmam que a medida iria combater a interferência daqueles que doam dinheiro a campanhas e depois cobram favores. Os defensores do projeto de lei acreditam que esta é a única forma de eliminar esta interdependência entre partidos e grupos de pressão.
Ao mesmo tempo, a população não está disposta a financiar as campanhas e vê como um peso o montante financeiro necessário para essa proposta. Pelo projeto, as doações teriam como base o valor de R$ 7 em relação a cada um dos eleitores alistados na Justiça Eleitoral até o dia 31 de dezembro do ano anterior às eleições. Com o atual número de eleitores, o valor que o Governo Federal destinaria para as campanhas seria de quase R$ 900 milhões.
Mas este valor ainda é menor que o total gasto por todos os candidatos na última eleição, em 2006, que foi de ao menos R$ 1,3 bilhão (segundo dados do TSE).