Esperar pra ver

Julgamento de Algaci Túlio deve acontecer em até um mês

Apesar dos boatos que o processo de pedido de expulsão do vereador Algaci Túlio do PMDB teria desaparecido da sede do partido, a Comissão de Ética garante que o julgamento deve acontecer em até um mês. Na próxima semana, as testemunhas indicadas pelo parlamentar devem ser ouvidas para então o grupo definir o futuro do parlamentar na legenda. Apesar de o pedido ter sido protocolado há dois meses, a comissão garante que todos os prazos estão sendo cumpridos rigorosamente.

Os rumores do sumiço do documento surgiram por meio de denúncia na internet, na qual integrantes do partido afirmavam que um funcionário do partido teria ocupado a sala da secretaria para trabalhos da campanha de Rafael Greca. Com isso, o processo teria “evaporado”. O próprio secretário-geral do PMDB de Curitiba, Doático Santos, confirmou a informação. “Os documentos estavam no armário da sala, mas as chaves foram trocadas e agora não se sabe mais o paradeiro do processo”, explica.

No entanto, o presidente da Comissão de Ética, Renato Marin, garante que os documentos não sumiram e que o processo continua tramitando normalmente. “Todos os registros das reuniões estão salvos e, mesmo se tivessem sido perdidos, temos rascunhos e poderíamos recuperá-los. Temos interesse em apurar a denúncia com transparência e isenção”, afirma. As três testemunhas da defesa, cujos nomes não foram divulgados, devem ser ouvidos na próxima semana. Depois disso, a comissão emite relatório para julgamento. Ambas as partes podem recorrer da decisão posteriormente ao diretório municipal.

Confissão

Túlio foi citado na série de denúncias de irregularidades na Câmara de Curitiba. O vereador confessou que os parlamentares que atuam em meios de comunicação receberam verbas públicas para divulgar ações do Legislativo municipal. Explicou que os parlamentares compravam notas fiscais de outras empresas para emiti-las em nome da Oficina da Notícia, empresa de Cláudia Queiroz, então esposa do ex-presidente da Casa, João Cláudio Derosso, agora cassado.

Voltar ao topo