Ideli Salvati avalia que relatório sobre Renan não tem mais validade

Brasília – A líder do bloco do governo (PT-PSB-PC-doB-PR-PP-PTB), Ideli Salvati, afirmou, nesta quinta-feira (21), que o relatório do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) apresentado ao Conselho de Ética, na prática, não tem mais validade. O parecer sugere o arquivamento da representação do P-SOL para que o colegiado investigue se o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teve contas pessoais pagas por terceiros. A representação foi aceita, o processo está instalado, e, agora, o conselho terá que votar o relatório apresentado.

Na avaliação da senadora, a decisão tomada na reunião de ontem (20) por quase a totalidade dos senadores do conselho em aprofundar as investigações, na prática, derrubou as argumentações de Cafeteira. "Não temos que nos preocupar com questões formais. É necessário fazer um entendimento político majoritário para definir os novos procedimentos com base nos critérios da credibilidade, justiça e legalidade."

A partir deste acordo, a senadora acredita que não haverá problemas em derrubar o relatório de Cafeteira e, se for o caso, votar um novo parecer. Para isso, no entanto, o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC) terá que encontrar um parlamentar que aceite conduzir o processo de investigação contra o presidente do Senado.

Ideli Salvati ressaltou que o momento é de zerar o jogo para colocar uma ordem nos trabalhos do conselho a partir da próxima semana. A seu ver todas as condições estão criadas para um entendimento. "É necessário buscar o consenso (no conselho) para resgatar a imagem da Casa se condenação prévia nem absolvição antecipada do senador Renan Calheiros", afirmou a parlamentar.

Ela é da opinião que os senadores devem, para resgatar esta credibilidade, deixar claro as limitações legais do conselho no processo de investigação. Segundo ela, os procedimentos a serem adotados, regimentalmente, devem ater-se ao que tange a quebra do decoro parlamentar. Ideli Salvati ressaltou que o conselho não tem poderes de investigações para quebras de sigilos, como acontece em comissões parlamentares de inquérito.

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