Lava Jato

Guido Mantega é preso enquanto acompanhava cirurgia da esposa

Foto: Marcos Bezerra/Estadão Conteúdo

De acordo com o advogado José Roberto Batochio, que defende Guido Mantega, preso na manhã desta quinta-feira (22), em São Paulo, informou que o ex-ministro da Fazenda foi preso no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul da cidade. Mantega estava com a mulher, que tinha uma cirurgia agendada.

“Ele está sendo retirado da área do centro cirúrgico por policiais nesse momento”, disse Batochio ao site G1. Conforme informações da Globo News, os médicos ministravam a anestesia na esposa do ex-ministros, quando ele foi detido. A Polícia Federal afirmou que os policiais fizeram contato com Mantega por telefone e permaneceram nas proximidades do hospital e que ele se apresentou espontaneamente na portaria do edifício.

“Não houve entrada de policiais no hospital, ainda mais no centro cirúrgico para retirar o (ex-)ministro”, disse o delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Lava Jato na polícia, ai G1.

Busca e apreensão

Do hospital, os policiais levaram o ex-ministro até seu apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste, para cumprir um mandado de busca e apreensão. O mandado é de prisão temporária e faz parte da na 34ª fase da Operação Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista disse em depoimento ter pago US$ 2,35 milhões ao PT a pedido do ex-ministro. À época, a quantia era equivalente a cerca de R$ 4,7 milhões.

Por volta das 9h25, Mantega chegou à sede da PF em São Paulo, na Lapa, Zona Oeste da capital. Às 10h, o advogado Batochio chegou à sede da PF e disse à imprensa que o ex-ministro só deve prestar esclarecimentos em Curitiba. Mantega deve ser trazido aqui para a capital paranaense em um avião da PF.

Os policiais já haviam estado mais cedo na casa do ex-ministro, mas só encontraram o filho de 16 anos dele e uma empregada doméstica, segundo a PF. O advogado de Mantega não soube dizer se foram apreendidos objetos. A PF diz que “o procedimento foi realizado de forma discreta” e “com integral colaboração do investigado”.