Frente parlamentar é contra proibição da venda de armas

No Plenarinho da Assembléia Legislativa, os deputados expuseram seus motivos contra a proibição e afirmaram que o "não" está sendo escolhido pela maioria da população, principalmente depois do início da propaganda em horário gratuito nas emissoras de rádio e televisão. O referendo acontece no dia 23 de outubro.

O presidente da Frente Parlamentar, deputado federal Alberto Fraga (PFL-DF), explicou que a campanha no Paraná conta com o apoio maciço dos deputados estaduais, sendo a bancada mais numerosa em todo o País. Fraga argumentou que a proibição do comércio de armas e munição não vai diminuir os índices de violência. "É a quebra de um direito adquirido. Apenas 1,2 mil armas foram vendidas legalmente em 2004. Não é razoável gastar mais R$ 500 milhões na realização do referendo para reprimir essas 1,2 mil armas, no lugar de políticas públicas para combater o contrabando", afirmou.

Para ele, a escolha pelo "não" tem aumentado desde que começou a propaganda em horário gratuito. Fraga contesta as pesquisas divulgadas na imprensa que apontam a vitória do "sim". "Contesto o ‘sim’ na frente, isso em pesquisas manipuladas. Hoje, com certeza, o ‘não’ está na frente em virtude da informação. As mortes por ingestão de remédios, afogamentos e atropelamentos são maiores do que acidentes com armas de fogo", opinou Fraga.

O delegado paranaense na Frente Parlamentar é o deputado federal Abelardo Lupion (PFL-PR). Lupion acredita que a campanha a favor da permanência do comércio de armas de fogo e munição está gerando bons resultados e que o direito constitucional que permite ao cidadão comprar armas deva prevalecer. "Estamos conversando com formadores de opinião em todos os municípios do Paraná. A adesão tem sido grande. Ter o direito de se defender está previsto na Constituição e se torna necessidade de muitas pessoas que não têm acesso à segurança pública", avaliou.

O deputado federal Max Rosenmann (PMDB) disse que é defensor da vida, no entanto acha extremista a tentativa de proibir o comércio de armas. Enquanto o desembargador João Kopytowski disse abominar o referendo devido a seus custos elevados e por apresentar uma pergunta que ele considera capciosa, "quando o sim é não e o não é sim". Ele disse que o país precisa é de uma política contra o crime organizado.

O deputado estadual Mário Sérgio Bradock (PMDB) disse que há uma confusão "lamentável" em se atribuir a responsabilidades dos crimes e do aumento da criminalidade às "pessoas de bem". Ele disse que a campanha em defesa do comércio de armas no País se traduz também no direito do cidadão à sua defesa pessoal.

Voltar ao topo