“FHC é uma oposição de direita”

Convidado a fazer uma análise e falar das perspectivas do governo Lula no encontro da corrente majoritária do PT, Unidade na Luta, o secretário geral da Presidência da República, Luz Dulci, disse ontem em Curitiba que o governo Lula trava hoje uma disputa política central com as forças conservadoras, que se rearticularam nestes dois anos e que querem fazer o País regredir. "Este é o principal contencioso que temos na Câmara dos Deputados e no Senado", afirmou o ministro, citando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como um dos líderes dessas forças "que se opõem ao governo pela direita", afirmou. O ministro que fez uma longa defesa da política econômica do governo e seus resultados para uma platéia pequena, mas que juntou alguns dos principais nomes do partido no Paraná, como o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, o diretor-geral da Itaipu, Jorge Samek, o presidente estadual, André Vargas, e o deputado estadual Angelo Vanhoni.

Na sua palestra aos militantes petistas, o ministro afirmou que o debate sobre a política econômica está sendo feito pelo viés da oposição, que acusa Lula de repetir o modelo do governo anterior. "A oposição não quer discutir os avanços sociais deste governo. Falam de uma politíca econômica igual. Mas como é igual se os resultados são muito diferentes?", disse o secretário-geral da presidência.

Indicadores

Para o ministro, qualquer cidadão que julgar hoje o governo e que tenha o mínimo de boa fé terá que reconhecer o fato que ele chamou de "inequívoco" de que o governo Lula superou a estagnação econômica em que FHC deixou o País e em 2004, conseguiu registrar o maior crescimento econômico da década, 5,2%. "Dizem que o Lula se limitou a manter a estabilidade. Mas que estabilidade se o governo FHC deixou uma crise econômica e financeira gravíssima, uma crise de credibilidade do estado brasileiro. E que não era resultado só da expectativa de Lula vencer a eleição. Era uma crise real. Nós tivemos que superar isto antes de o país voltar a crescer. O Brasil entrou num novo ciclo histórico de crescimento. Não se pode negar os resultados palpáveis. Se a política fosse igual, teríamos crescido 2%", comparou.

Dulci afirmou que não há continuidade de modelo. "A política macroeconômica não se limite a manter a taxa de juros alta para combater a inflação, como foi feito antes. Nós temos adotado várias outras medidas para dinamizar a vida econômica do País", afirmou Dulci. Ele citou vários indicadores desse diferencial entre o governo anterior e o de Lula. Um deles foi a abertura das linhas de crédito popular com taxas de juros mais baixos que segundo o ministro, permitiram uma injeção de R$14 milhões na economia,. Ele ainda mencionou que a média de empregos gerados por mês no governo tucano era de 9 mil mensais. Agora, citou o ministro, o governo do PT cria 90 mil empregos ao mês.

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