A secretária especial de Políticas Públicas para as Mulheres, Emília Fernandes, estará em Curitiba no próximo dia 22 para participar de um ato público que será promovido na Boca Maldita, das 9h às 13h, denunciando a violência contra a mulher. Antes, a ministra concede entrevista coletiva à imprensa, em local ainda não definido.
A manifestação tem três objetivos básicos: inserir a população do Paraná nas atividades do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a mulher; denunciar a atual situação das mulheres vítimas de violência; e exigir das autoridades políticas públicas empenho para resolver o problema. O ato público terá a apresentação de cartazes produzidos pelos movimentos organizados, denunciando a violência contra a mulher, peças de teatro, shows de dança e pronunciamentos das representantes dos partidos políticos e movimento de mulheres, além de outras atividades.
A preocupação com o tema deve-se à gravidade do problema. Segundo Antônia Passos de Araújo, da Coordenação Colegiada do Ato Público, dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) revelam que a cada 15 segundos uma mulher é vítima de violência. Em 80% dos casos, o agressor é conhecido da vítima, ou seja, a violência é doméstica.
Comitê
Estão sendo convidados para a manifestação o governador Roberto Requião (PMDB); o prefeito de Curitiba, Cassio Taniguchi (PFL); as deputadas federais paranaenses Clair da Flora Martins (PT) e Selma Schons; as deputadas estaduais Elza Correia (PMDB), Cida Borguetti (PP), Luciana Rafagnin (PT) e Arlete Caramês (PPS); e ainda dezenas de lideranças partidárias e da sociedade.
O ato público é promovido pelo Comitê Nacional Multipartidário de Mulheres no Paraná, movimento fundado em 22 de agosto, em Curitiba, com o objetivo de estimular a participação feminina na política e também acompanhar a reforma política/partidária, para que as mulheres possam aprovar uma legislação eleitoral mais adequada aos seus interesses.
O comitê lançou neste ano a cartilha “Competindo para Ganhar” – um manual com 52 páginas produzido pela AMP (Associação dos Municípios do Paraná) com o apoio da Ong Espaço Mulher e da Liga das Mulheres Votantes .