?(A eleição de Lugo) foi uma vitória expressiva pondo fim a um monopólio político oligárquico de mais de 60 anos?, afirmou o governador. ?O Paraguai dá desta forma o primeiro passo no caminho do seu destino. É rigorosamente impossível que nós tenhamos tranqüilidade e paz social na fronteira com um país de tecido social esgarçado. O progresso e desenvolvimento do Paraguai são também necessidades brasileiras?, argumentou Requião.
O ex-bispo católico Fernando Lugo foi eleito presidente do Paraguai neste domingo (20) com mais de 40% dos votos. Ele derrotou Blanca Ovelar, candidata do Partido Colorado, que governa o Paraguai desde a década de 1940, e o ex-general Lino Oviedo. ?Lugo é um sujeito extraordinário, de grande sensibilidade social. É evidente que não terá um governo fácil, pois não tem maioria no parlamento, mas já anuncia a política da unidade nacional. Todas as discussões que o Paraguai tiver que fazer com o Brasil serão feitas sob o signo da fraternidade?, reiterou o governador.
?Lugo continua precisando de apoio, pois vai administrar um país com muitos problemas e que precisa fazer urgentes e radicais mudanças?, disse o secretário da Comunicação Social, Airton Pisseti. Com licença concedida pelo governador, Pisseti colaborou na campanha de Lugo. ?O primeiro passo, agora, é cimentar a coalizão de partidos que venceu a eleição, além de buscar o apoio dos demais candidatos. Os discursos de Blanca e Oviedo foram conciliatórios. ?Será muito gratificante ver o Paraguai progredir, estabelecer um Estado de Direito e manter relações cordiais com o Brasil, sobretudo com o Paraná?, acrescentou.