DNIT só se manifesta após notificação

O diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, se reuniu ontem com procuradores do DNIT, mas não conseguiu obter uma resposta imediata do órgão a respeito do interesse em integrar o processo que envolve as concessionárias de rodovias e o Estado do Paraná. Tizzot apresentou os balanços das concessionárias ao procurador-chefe do DNIT, que ficou de analisar os documentos, mas afirmou que o órgão só vai dar uma resposta após ser notificado judicialmente.

O DER vem tentando barrar os reajustes das concessionárias de rodovias no Estado, mas seus recursos estão temporariamente suspensos no Tribunal de Justiça do Paraná. Antes de decidir se os processos devem ser encaminhados à Justiça Federal ou se permanecem na Justiça Estadual, o TJ aguarda que a União e o DNIT dêem um posicionamento se possuem interesse em participar da ação.

Embates

O diretor-regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), João Chiminazzo Neto, disse ontem, em entrevista coletiva, que há um movimento conspiratório se reunindo para ocupar praças de pedágio. Na reunião citada por Chiminazzo, que aconteceu na terça-feira, estavam presentes o vereador de Curitiba Custódio da Silva (PRTB) e o coordenador do Fórum Popular contra o Pedágio, Acyr Mezzadri (PMDB). Para ele, o envolvimento do pe-emedebista pode ser um indicativo de que o governo do Estado estaria por trás do movimento.

Mezzadri afirmou que a reunião não foi clandestina, fazendo parte das discussões do Fórum Popular contra o Pedágio, que é suprapartidário. ?Não tem nada a ver com o governo do Estado. Estamos organizando uma pauta de trabalho, com algumas manifestações ainda não definidas.? Segundo ele, as concessionárias querem um pretexto para tentar abalar a credibilidade do Fórum.

Para Chiminazzo, foi com o fim de alertar sobre a possibilidade de ?invasão? que a entidade publicou na terça-feira anúncio cifrado em jornais do Paraná, anunciando a reunião. ?Fomos informados antes do que se tratava. Decidimos publicar um anúncio e protocolar em cartório um documento em que ele é decifrado. É uma estratégia jurídica?, afirmou.

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