Os treze deputados estaduais do PMDB controlam o maior número de delegados com direito a voto no diretório estadual, mas estão se articulando para que estes números se reflitam na divisão de poderes no partido.
Até o ano passado, o PMDB era governo e o poder, absoluto, era do atual senador Roberto Requião. Agora, o quadro mudou, alegam os deputados estaduais, concluindo que não deve haver forças hegemônicas no PMDB.
“No PMDB, tem que ter uma estrutura que abrigue todas as correntes, sem que nenhuma predomine sobre outra”, afirmou o líder da bancada estadual dopartido, deputado Caito Quintana. Para Quintana, o partido necessita se recompor dentro da nova realidade.
“Nós estamos sofrendo as conseqüências de um partido com muito tempo no governo. O Requião era governador e nós seguíamos o programa do governo. A realidade, agora é diferente. Nós, o Requião, o Pessuti (que sucedeu Requião no governo), estamos todos no mesmo barco”, afirmou Quintana.
O equilíbrio das forças internas não implica a exclusão de ninguém, disse Quintana, já refutando as versões de que a bancada está tentando isolar Requião e Pessuti do comando do partido.