CPI dos grampos não tem apoio

Não está fácil para o líder do PFL, deputado Plauto Guimarães, reunir as 18 assinaturas necessárias para garantir a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar denúncias de grampos telefônicos que afetariam os poderes Legislativo e Judiciário. As denúncias foram feitas pelo tenente-coronel Valdir Copetti Neves, em depoimento à CPMI da Terra na semana passada. A escuta seria feita pela secretaria de Segurança Pública, com a utilização de sofisticado equipamento conhecido como "Guardião".

No dia seguinte ao polêmico depoimento, o pefelista já apresentou seu requerimento à Mesa da Casa e pôs-se em campo para arregimentar apoio. A bancada do PT não se mostrou sensibilizada. Diante do que foi apontado por Copetti, o líder Tadeu Veneri ponderou que não se justificaria criar uma CPI para apurar "assuntos acessórios". De qualquer maneira, Plauto continua buscando apoio em outras bancadas, sob o argumento de que o Legislativo não pode deixar passar em branco a possibilidade do exercício de uma prática típica dos anos do autoritarismo militar. A prova mais consistente da escuta até agora seria um CD enviado anonimamente ao líder da oposição, deputado Valdir Rossoni, contendo gravação em que funcionário da Casa Civil admitiria a realização de escuta ilegal atendendo a ordens superiores. 

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