Com aval federal, SP poderá contrair mais empréstimos

O governador paulista, José Serra (PSDB), e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, formalizaram ontem, no Palácio dos Bandeirantes, a terceira autorização do governo federal, desde 2007, para que o Estado de São Paulo contraia empréstimos. Com o acordo, o governo paulista fica autorizado a firmar mais R$ 1,38 bilhão em operações de crédito, elevando para R$ 11,5 bilhões o limite para a contratação de financiamentos desde o início da gestão Serra.

Ao todo, essas autorizações para financiamentos permitirão investimentos de R$ 20 bilhões no Estado – R$ 11,5 bilhões autorizados para contratos junto a instituições financeiras somados a R$ 8,5 bilhões, que entram como contrapartida do próprio tesouro estadual.

O montante de R$ 1,38 bilhão que o governo do Estado tomará emprestado com a nova autorização da Fazenda será aplicado em obras da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) (R$ 766 milhões) e do Teatro da Dança (R$ 234 milhões), na ampliação de reformas de pontes no rio Tietê (R$ 40 milhões), no Profisco – programa de fortalecimento da gestão fiscal do Estado – (R$ 280 milhões) e no Plano Metropolitano de Macrodrenagem (R$ 64 milhões).

Os recursos deverão ser tomados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e à Caixa Econômica Federal (CEF). Serra afirmou ter a expectativa de atingir R$ 66 bilhões em investimentos em todo o Estado no quadriênio 2007-2010, que engloba a sua gestão. “Sempre encontramos no ministério uma boa acolhida para nossas demandas de financiamento. A Fazenda tem trabalhado com rapidez nessas autorizações, que são necessárias e justificadas”, disse Serra.

Mantega afirmou que “é um recorde para São Paulo liberarmos um crédito de R$ 11,5 bilhões. É uma cifra bastante expressiva”. “É uma parceria muito boa, que faz o PIB (Produto Interno Bruto) crescer mais, principalmente em momentos de crise, em que é preciso que o Estado esteja presente. O governador está usando o espaço fiscal com bastante eficiência.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.