Com a criação da Frente Parlamentar em Defesa das Centrais de Abastecimento Interno (Ceasa), o abastecimento do Paraná, assim como de outros estados, deve ficar fortalecido. É o que prevê o diretor agrocomercial da Ceasa do Paraná, Eduardo Pimentel, que esteve no lançamento da Frente nesta quarta-feira (6), na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Para ele, o principal benefício de ter o apoio parlamentar será a facilitação da obtenção de investimentos para as Ceasas de todo o Brasil. “Antes, cada um buscava os recursos individualmente, agora vamos ter uma união maior e, com isso, vamos ter também mais respaldo porque um grupo tem muito mais força”, comentou.
Com mais verba, a intenção é modernizar o setor, proporcionando mais organização e estrutura, “fazer de tudo para que o consumidor fique mais confortável”, como diz o próprio Pimentel, e ainda contribuir para a redução das dificuldades dos produtores, como os prejuízos devido ao frio e às geadas que têm atingido o sul do país. “É claro que não temos qualquer poder sobre as geadas, mas, nesses casos, com mais recursos, poderemos fornecer mais orientações para que eles tenham estrutura para amenizar os estragos”.
No entanto, Pimentel teme pelo futuro da Frente. “Vemos com bons olhos essa inciativa, mas é fundamental que o grupo seja ativo e não estacione”. A Frente era uma demanda antiga da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento, que só se concretizou agora.
De acordo com levantamento do órgão, as cerca de 30 Centrais de Abastecimento do País movimentam atualmente cerca de R$ 17 bilhões por ano. Entre hortigranjeiros, cereais, industrializados e outros produtos como flores e pescados, as Ceasas ofertam cerca de 17 milhões de toneladas anualmente. O sistema engloba mais de 10 mil empresas e gera cerca de 200 mil empregos diretos.