Candidaturas movimentam o PPS

A definição dos candidatos a prefeito pelo PPS, em 2004, será feita a partir dos núcleos de base do partido. De acordo com o secretário-geral da executiva estadual, Rubico Camargo, o PPS tem planos de lançar candidatura própria a prefeito em pelo menos 230 municípios. Nas eleições de 2000, o partido lançou candidatos em pouco mais de 50 municípios e elegeu 15 deles.

?Os núcleos de base é que iniciarão o debate, o que só ocorrerá depois que o partido consultar a população para começar a elaborar os planos de governo. Mas em muitos municípios já há indicações de nomes, respaldados por sua ação partidária recente?, disse Camargo.

Em Londrina, por exemplo, o provável candidato do PPS é o atual presidente do diretório municipal, padre Manoel Joaquim, um dos coordenadores do movimento que levou à cassação do mandato do prefeito Antônio Belinati.

O vereador Edmar Arruda é o nome mais cotado do PPS para disputar a Prefeitura de Maringá, onde já busca alianças de apoio a seu nome. Em Cascavel, o PPS deverá lançar a candidatura do ex-secretário municipal de Saúde, o médico Lísias Tomé, que em setembro, no final do prazo de filiação, foi cortejado por vários partidos interessados em seu passe, mas resistiu aos convites e permaneceu na agremiação.

Costuras

Outro médico, o dr. Luiz Renato – também ex-secretário municipal de Saúde – é o candidato potencial do partido em Umuarama. De olho numa coligação, ele está em negociação com outras siglas para fortalecer sua candidatura.

Em Guarapuava, o deputado federal Cezar Silvestri é apontado como o virtual candidato do PPS. Tem apoios em vários partidos. O único problema, para o PPS, é que o suplente, João Batista Beltrami, é filiado ao Partido Verde. O Joba, como Beltrami é mais conhecido no Norte do Estado, fez boa votação para a Câmara dos Deputados e também pretende sair candidato a prefeito – em Maringá.

Já em Paranaguá, o dilema do PPS é outro: as lideranças do partido estão convencidas de que, se for candidato, o deputado Waldir Leite vai suceder o prefeito Mário Roque. O problema é que, Leite eleito, o litoral voltaria a ficar sem representação na Assembléia Legislativa. Leite só deve definir uma eventual candidatura em março ou abril do ano que vem. Se o deputado não for candidato, o PPS tem nomes alternativos, e entre eles estão os vereadores Edson Veiga, coordenador regional do partido para o litoral, e Arnaldo Maranhão.

Outras candidaturas pepessistas já colocadas: em Apucarana, o vereador Carlos Alberto Preto, em Paranavaí, o ex-prefeito Teruo Kato – cuja família resiste a seu retorno à política -, em Foz do Iguaçu, o vereador Edson Mezomo, e em Quatro Barras, a socióloga Sigrid Andersen, que foi a vice de Rubens Bueno nas eleições de governador em 2002.

Em Curitiba, o PPS terá que tomar uma decisão entre três hipóteses: os deputados estaduais Marcos Isfer e Ratinho Júnior e o presidente regional do partido, Rubens Bueno. ?A única certeza é que, na capital, o PPS lança candidato. É até uma questão de sobrevivência?, diz Rubico Camargo.

Por fim, um detalhe curioso: dois irmãos pepessistas, Michel e Gabriel Samaha, devem concorrer a cargo de prefeito. Gabriel é candidato em Piraquara e Michel, em Ponta Grossa, onde foi até recentemente o secretário municipal de Finanças. Ainda em Ponta Grossa, a outra opção do PPS é o ex-prefeito Otto Cunha Santos.

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