Candidatos têm poucas horas para ganhar eleitor

A campanha eleitoral deste segundo turno está chegando ao fim. Hoje, 27, a propaganda acaba no rádio e televisão, onde durante dezessete dias ininterruptos os candidatos discutiram propostas e também trocaram acusações políticas e de caráter pessoal. Ontem, 26, foi o último dia para a realização de comícios e reuniões públicas e amanhã, 28, serão permitidas apenas carreatas e distribuição de material de propaganda.

Os dois candidatos – o governador Roberto Requião (PMDB) e o senador Osmar Dias (PDT)- escolheram o centro da cidade para encerrar o segundo turno. O PMDB e o PT e outros aliados programaram uma caminhada pelas ruas centrais da cidade, saindo da Praça Santos Andrade, com destino final na Boca Maldita, para onde também vão convergir carreatas organizadas pelo PDT e PSDB, com ponto de partida em vários bairros, para marcar o desfecho da campanha do senador Osmar Dias. As duas campanhas vão se encontrar na Boca a partir do meio-dia.

O clima de disputa para o governo se acentuou esta semana, que foi marcada por uma subida no tom das críticas e acusações. O atual vice-governador e candidato à reeleição ao cargo, Orlando Pessuti, disse que os excessos são indesejáveis, mas inevitáveis. ?Neste final, as propostas acabaram dando lugar às críticas pessoais. Não é o caminho que nós queríamos, mas nos levaram para lá?, disse o vice-governador.

Ele mencionou que, durante o primeiro turno, a campanha peemedebista ficou na defensiva, sendo alvejada pela maioria dos candidatos. Mas que no segundo turno não há como ignorar os ataques. ?Segundo turno, quando são apenas dois os candidatos, não há como fugir do enfrentamento?, afirmou.

Para o vice-governador, ataques gratuitos são distintos de uma discussão sobre o comportamento público dos candidatos. ?Eu digo isso porque senti falta de um debate maior entre eu e o candidato a vice-governador da outra chapa (o ex-prefeito de Toledo Derli Donin). Discutir quem é quem é muito importante numa campanha. Um homem público que quer assumir uma função pública não pode fugir a questionamentos sobre sua vida e experiência pública?, afirmou.

Fatos criados

Para o coordenador da campanha do senador Osmar Dias, Antônio Poloni, o tom mais agressivo foi dado pelo adversário. ?Existe uma diferença entre criar fatos para criticar as pessoas e criticar ações administrativas. Nós procuramos nos ater a esta segunda linha?, afirmou Poloni. Ele disse que a orientação da campanha foi a de mostrar a insatisfação da sociedade com o atual governo. ?Nós somos oposição. O nosso papel é esse. De mostrar os problemas e oferecer as soluções?, destacou.

O saldo do segundo turno foi considerado positivo pela campanha de Osmar. Poloni citou que dois desafios foram vencidos: o de tornar o senador um nome conhecido em todo o estado e, ao mesmo tempo, oferecer propostas. ?Foi uma tarefa hercúlea, que nós achamos que cumprimos muito bem?, disse.

Polloni observou ainda que a vantagem do segundo turno foi a possibilidade de detalhamento das propostas, seja por meio da televisão, rádio ou nos contatos diretos com a população. ?Ainda mais que havia uma diferença muito grande de estrutura entre a nossa campanha e a do adversário. Nós conseguimos suplantar este obstáculo?, afirmou.

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