Candidatos dizem o que pensam sobre o mercado de trabalho

Aos domingos, o Paraná Online publica propostas dos principais candidatos ao governo

Nesta quarta edição da série, os candidatos mostram o que pretendem fazer para melhorar o mercado de trabalho e para promover qualificação profissional aos paranaenses.

OSMAR DIAS – 12 – PDT

A preocupação do próximo governador deverá ser a de gerar oportunidades de trabalho e, principalmente, criar empregos de melhor qualidade.

O trabalhador urbano, da indústria ou do comércio, precisa ter acesso às novas tecnologias que lhe permitam construir carreira sólida.

Em Ponta Grossa, acompanhei o processo de municipalização da Agência do Trabalhador, luta que também foi minha no Senado.

A municipalização está garantindo recursos de R$ 200 mil para cursos de qualificação profissional, quatro vezes mais do que era anteriormente repassado pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador.

A agência amplia o atendimento aos trabalhadores em treinamento, qualificação profissional, oferta de vagas e pagamento de seguro-desemprego.

Ampliar parceria com o governo federal do Projovem, programa de capacitação dos jovens ao mercado de trabalho, que em Maringá tem a meta de capacitar 2 mil jovens entre 18 e 29 anos.

Só no setor de confecções (um dos que mais oferece vagas na região), são capacitados 500 jovens e, em Pinhais, outros 400. A profissionalização de jovens é uma proposta para enfrentar o desemprego, por meio de integração social e capacitação técnico-profissional, além da concessão de crédito especial para jovens empreendedores.

Escolas técnicas profissionalizantes, somadas à lei do estágio e à educação integral, são fundamentais para gerar empregos. Ampliar vagas do ensino médio profissionalizante e de aprendizes, em escolas e empresas, com órgão promotor da aprendizagem profissional.

No campo, vamos expandir a produção de hortifrutigranjeiros e desenvolver a avicultura. Com a colaboração da Ocepar formaremos cooperativas para integrar as produções, além de atrair indústrias de máquinas e materiais usados nas atividades rurais.

Construção de um ponto de armazenagem e outro de distribuição da produção rural. Criar núcleos de profissionalização que complementem as escolas técnicas em cidades com mais de 40 mil habitantes, para atender demanda a ser gerada em 2014, quando nova legislação federal vai proibir a queima da cana, desempregando trabalhadores. Não vamos esperar o problema acontecer.

BETO RICHA

Qualificação profissional – renegociar o convênio com o Ministério do Trabalho para aplicar os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para qualificação profissional com maior área de abrangência.

Qualificação permanente em laboratórios e cursos itinerantes usando meios existentes nos municípios; propondo convênios ou cooperação técnica com entidades sem fins lucrativos, com o Sistema S, cooperativas, institutos federais e instituições de ensino.

Diagnosticar gargalos de mão de obra no Estado e apoiar a formatação de arranjos para capacitar setores estratégicos.

Implantar sistema de informações da estrutura econômica, mercado de trabalho, dinâmica demográfica como prática para oferta de cursos de qualificação profissional.

Agências do Trabalhador – avaliar e revisar serviços prestados nas 227 Agências do Trabalhador, observando as necessidades de cada região.

Geração de renda – O Programa de Economia Solidária será ampliado para Programa de Economia Solidária e Empreendimentos Sócio-Produtivos, para possibilitar a atuação com empreendimentos formados por iniciativas junto à população de baixa renda.

Apoiar o desenvolvimento sustentável local e melhorar a capacidade de autogestão de empreendimentos existentes. Ampliar o acesso de pequenos produtores, a recursos de financiamento e investimento para seu negócio.

Criação da Assessoria da Juventude e formulação de Política Estadual da Juventude. Implantar Territórios da Juventude em cada uma das regiões de desenvolvimento do Paraná, para qualificar o primeiro emprego.

Criar a Rede Jovem, para articular as ações, programas, projetos e serviços de emancipação e inclusão dos jovens em todas as políticas públicas existentes. Criar a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Ações de qualificação para o trabalho incluirão pessoas com deficiência entre segmentos prioritários.

Investir no turismo. Capacitar micro, pequenos e médios empreendimentos turísticos, preparando-os para a cultura do associativismo e arranjos produtivos no turismo.

PAULO SALAMUNI – 43 – PV

Criar o Programa Mão de Obra no Campo, pois há a necessidade de um projeto permanente de capacitação do trabalhador rural.

O programa prevê ampla utilização de mecanismos como os colégios agrícolas, cooperativas, arranjos produtivos locais e assentamentos para que se formem núcleos educacionais que, com recursos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), possibilitem a oferta de cursos específicos com foco exclusivo na área agrícola.

Ampliar a oferta de empregos em indústrias de tecnologia e o desenvolvimento tecnológico em setores vitais – os de energia terão prioridade visando geração de economia mais sustentável (empregos verdes, indústrias verdes).

Aumentar a eficiência do Estado por meio de amplo uso da informática no serviço público, começando com a renovação do parque de equipamentos até o emprego de softwares que facilitem o trabalho do funcionário público.

Caso necessário, as secretarias de Estado serão fundidas, diminuindo os cargos comissionados e aumentando a participação dos profissionais de carreira em posição de comando.

A ideia é buscar a profissionalização máxima do serviço público. Uma das metas permanentes do governo será valorizar o servidor público, promovendo cursos de capacitação para o avanço na carreira funcional.

LUIZ BERGMANN – 50 – PSOL

O projeto do PSOL tem como referência a pessoa e o respeito à natureza. Isso se alcança com medidas que façam do trabalho uma atividade prazerosa, possível com a redução da jornada e remuneração compatível com a riqueza produzida pelo trabalhador.

Incentivar formas de produção que contemplem o respeito à natureza, como a agroecologia, e processos industriais que usem energia limpa, diferente do modelo atual que se preocupa apenas com o lucro e degrada o meio ambiente.

Nesse projeto, é fundamental a escola pública, gratuita e de qualidade, que proporcione treinamento profissional.

Com isso, o jovem aprenderá a ver o trabalho como uma maneira de se aperfeiçoar como ser humano. A inclusão digital é necessária. O Estado tem condições de dar acesso gratuito à internet banda larga a todos.

A saúde do trabalhador terá atenção especial. O Sistema Único de Saúde (SUS) deverá dispor de profissionais preparados para atender acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

O Estado garantirá tratamento específico aos trabalhadores vítimas de doenças do cérebro, como distúrbios e depressão, e colocará unidades especializadas na reabilitação de acidentados e vítimas de doenças ocupacionais. O governo do PSOL se compromete a erradicar o trabalho infantil, degradante, escravo e qualquer forma de trabalho que ofenda a dignidade do ser humano.