Com 78% de aprovação dos paranaenses ao seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um dos trunfos da campanha do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado para melhorar o desempenho da candidatura em Curitiba e municípios da região metropolitana. Encarregado de coordenar uma estratégia para a campanha nesta área, que concentra cerca de um terço dos eleitores do Paraná, o candidato a vice-governador, deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB), reuniu-se ontem com um grupo de vereadores de Curitiba para discutir como será feito um trabalho eleitoral especial que começa no sábado, com a vinda de Lula a Curitiba para um ato político com Osmar Dias e a candidata a presidência da República Dilma Rousseff (PT).
Rocha Loures está cuidando da mobilização da militância dos partidos que integram a coligação “A União faz um novo Amanhã” para o ato de sábado, que também será o lançamento público da candidatura do pedetista ao governo. “Hoje, o presidente Lula é a principal liderança política no Paraná. Como ele não disputa a eleição, entendemos que irá nos ajudar tremendamente, assim como outros presidentes já fizeram no passado em eleições ao governo”, afirmou o candidato a vice-governador.
Lula vem apenas para o ato na Boca Maldita, a partir das 10 horas. Mas deve voltar outras vezes ao Paraná e a Curitiba, como prometeu ao senador Osmar Dias. Para Rocha Loures, a popularidade do presidente pode deter a vantagem de Beto que, ex-prefeito de Curitiba por duas vezes, tem 60% de aprovação em Curitiba contra 22% de Osmar, segundo pesquisa do Instituto Vox Populi publicada no final da semana. Na região metropolitana, a diferença é menor. Osmar tem 30% contra 54% do tucano. “A nossa estratégia é vencer em Curitiba. Essa é a nossa meta”, disse Rocha Loures, que espera contar com o reforço dos candidatos ao Senado, Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) para inserir Osmar entre o eleitorado da capital.
Em partes
O planejamento de campanha de Osmar em Curitiba e nos municípios vizinhos consiste na conjugação de vários setores, onde os principais partidos da coligação, PMDB, PDT e PT têm base social. “Nós vamos envolver os vários setores do movimento social, como o movimento de mulheres, o movimento sindical. A proposta é fazer um trabalho direto com a população, através destes grupos”, afirmou Rocha Loures. Ontem pela manhã, os vereadores de Curitiba conversaram com Osmar e Rocha Loures para definir como vão se integrar à campanha. Segundo Rocha Loures, a coligação tem o apoio fechado de doze dos 38 vereadores de Curitiba. Alguns são candidatos a deputado estadual. Mas o grupo pode ser ampliado, afirmou o candidato a vice-governador. “Esse foi um primeiro diálogo. Nós vamos trabalhar com vários comitês”, explicou.