Caminho aberto para Maurício Requião no Tribunal de Contas

Os interessados em disputar a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas, aberta com a saída de Henrique Naigeboren, podem se inscrever a partir de hoje, 26, na Assembléia Legislativa.

Ontem, a Mesa Executiva foi informada oficialmente da aposentadoria de Naigeboren pelo Tribunal de Contas e abriu prazo de cinco dias para as inscrições.

A Mesa também já solicitou aos partidos que indiquem seus representantes para a comissão que vai ouvir os candidatos e apresentar o parecer ao plenário, que fará a escolha do novo conselheiro. A Comissão será formada por cinco deputados.

O PMDB, PSDB, PT e DEM terão, cada um, o seu representante na comissão e o PP, PDT, e os blocos PSB-PR-PV e PPS-PMN participarão de um sorteio para ocupar a quinta vaga.

Até agora, os principais nomes anunciados para a disputa pelo cargo são o secretário estadual de Educação, Maurício Requião, e o deputado Durval Amaral (DEM). Entretanto, Amaral ainda não confirmou a inscrição, ao contrário de Maurício que adiantou ao deputado estadual Alexandre Curi (PMDB), que irá concorrer ao cargo. Já o deputado Caito Quintana (PMDB, dado como desistente pelos governistas, disse que somente hoje falará sobre o assunto.

O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), não quis comentar a candidatura de Quintana. ?Eu não vou tornar pública uma discussão que estou tendo com o Caito no plano pessoal?, afirmou o deputado. Ele adiantou que a candidatura de Maurício será assumida pela bancada do PMDB.

Rival

Amaral disse ontem que, antes de se inscrever, vai ter que analisar o quadro. Se confirmada a candidatura de Maurício será o mesmo que disputar a vaga com o próprio irmão, o governador Roberto Requião (PMDB), comparou Amaral.

Ele lembrou que na última vez em que a Assembléia votou uma indicação para o TC, seu rival foi nada menos que o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB). ?Desta vez, o candidato será o próprio governador. Todos os que se inscreverem sabem que estarão disputando com o governador?, afirmou.

Para Amaral, a situação de escolher entre um colega e um candidato que encarna a figura do governador vai deixar muitos deputados constrangidos. ?Nenhum parlamentar vai se sentir à vontade para votar. Nem da situação nem da oposição?, afirmou o deputado, sinalizando pela primeira vez que poderá recuar da inscrição.

O líder do governo disse que o fato de um dos candidatos ser irmão do governador não é razão para que os deputados se sintam pressionados. ?O Maurício ser irmão do governador é uma coincidência. A Assembléia é um poder independente e não está subordinada ao Poder Executivo. Cada um que está aqui foi eleito por uma parcela da população e tem autonomia para votar?, disse.

Romanelli afirmou ainda que não haverá fechamento de questão na bancada peemedebista para apoiar Maurício. ?Cada um tem o livre arbítrio dado pelo mandato. Este é um processo de convencimento?, retrucou. 

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