Caíto Quintana pode voltar à Assembléia Legislativa

Com a saída do cargo já decretada, o secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, ainda não sabe se aceita a indicação para conselheiro do Tribunal de Contas ou se retorna à Assembléia Legislativa. Embora seja um cargo vitalício e bem remunerado – o salário base é de R$ 12 mil – o cargo de conselheiro exige alguns sacrifícios para Quintana. Além de ter que renunciar ao mandato de deputado estadual, ele teria também que abdicar da titularidade do cartório de Planalto, que é administrado pela sua família, há tempo.

A expectativa era que Quintana anunciasse sua decisão ainda nesta sexta-feira, mas ontem o secretário viajou ao Sudoeste e retorna somente na próxima segunda-feira.

Além do dilema pessoal, um outro complicador para o secretário é a incerteza sobre a prerrogativa da indicação do conselheiro. Se caberia ao governador do Estado ou aos auditores do Tribunal de Contas, que estão recorrendo à Justiça para assegurar a vaga a um representante da categoria.

Ainda abalado com o acidente rodoviário em que morreu sua filha mais nova, no início do ano, o secretário da Casa Civil está tendo dificuldades para tomar uma decisão sobre o seu futuro. O governador Roberto Requião não tem pressionado diretamente Quintana, mas alguns de seus interlocutores deixam vazar que ele já está impaciente com a indecisão de um dos seus mais antigos auxiliares. Seja agora ou no próximo ano, o governador não vai querer perder a oportunidade de mandar um aliado para o Tribunal de Contas.

Deputados que estiveram com o secretário ontem disseram que ele está mais inclinado a retomar seu mandato na Assembléia do que ir para o Tribunal. Quintana teria cogitado o projeto de se reeleger e disputar a presidência da Assembléia. No caso de Quintana optar pela Assembléia, já se especula que o indicado de Requião para a vaga de Iatauro seria Antônio Anibelli. 

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