Caíto inicia conversa com bancada pedetista na AL

O deputado estadual Caíto Quintana (PMDB), articulador político do governador eleito, senador Roberto Requião (PMDB), está trabalhando para amarrar a eleição para a Mesa Executiva da Assembléia Legislativa à composição da base de apoio do futuro governo.

Quintana começou a conversar com a bancada eleita do PDT – partido do senador Alvaro Dias, que perdeu o segundo turno da eleição para o PMDB. Os seis deputados pedetistas ainda não têm uma definição sobre a relação que terão com Requião, mas já sinalizaram que podem entrar na composição da Mesa.

Para o articulador político do futuro governo, a eleição da Mesa e a formação do bloco de sustentação do governo estão interligadas. “Estamos tendo uma conversa simultânea sobre a Mesa e a base de apoio porque, se falharem no primeiro momento em que chamamos para nos unir em torno de um projeto para a Assembléia, vai ficar difícil depois nos juntarmos na sustentação do governo”, comentou o deputado. Quintana considerou um bom sinal o fato de o PDT ter indicado que pode entrar num acordo para a disputa da Mesa. Para o deputado, é o primeiro passo para uma aproximação, cujo desdobramento desejado é a integração do partido ao bloco de apoio a Requião.

Quintana está tentando aglutinar os partidos em torno de um projeto de eleição da Mesa que possa garantir para o PMDB a segunda posição mais forte da chapa. A presidência já está reservada ao atual presidente da Assembléia, deputado Hermas Brandão (PSDB). O outro cargo mais disputado é a 1.ª secretaria, ocupado pelo deputado Valdir Rossoni (PTB), que se adiantou na busca de apoios para permanecer na posição. “A eleição da Mesa converge para a eleição do Hermas como presidente por uma série de razões. A partir daí, a bancada de apoio vai querer participar da composição. O PMDB não será um mero expectador no processo”, advertiu.

Espaço

O deputado José Maria Ferreira (PDT) disse que a intenção do partido é assegurar assento na Mesa Executiva e que a bancada tem toda a disposição de colaborar com a governabilidade futura. Entretanto, Ferreira disse que não considera indissociáveis um acordo para a Mesa e o alinhamento ao futuro governo. “Acho que não existe esta vinculação automática. No Paraná, o PDT tem a maior disposição de apoiar o Requião, mas só vamos nos posicionar formalmente depois da posse. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Um partido pode compor com o governo lá na frente e não compor na disputa pela Mesa. E vice-versa”, comentou.

Os pedetistas ainda não se reuniram com Alvaro Dias para discutir a postura da bancada na Assembléia a partir de 2003.

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